Na última quinta-feira fiquei muito feliz quando, ao chegar na escola, meu filho despediu-se seguro, com um beijo na mãe e um breve olá para a professora, entrando na sala de aula sem olhar para trás.
Ele cumprimentou a professora, percebeu que eu entregava a mochila e foi ao encontro da sala e dos amiguinhos… A cena que eu esperava tanto ver e que eu sabia que logo seria possível, claro, assim como a respeito todas as mães lêem, escutam dizer e no fundo têm a certeza – o de que a adaptação demora, porém acontece – bom, esta cena me deixou com àquele sorriso bobo, toda prosa.
Concluímos apenas a segunda semana de aulas e diante de todas as novidades pertinentes ao universo infantil e junto delas os mais variados desafios quando falamos em crescimento, educação e formação, saber que a pequena criança começa a sentir-se confiante sobre seu papel num novo espaço de convivência, com interesses particulares, socializando-se e de certo modo compreendendo a separação que há (e deve haver) entre ela e a mãe, ela e a casa, significa o mesmo que “grandes passos”. Enormes passos em seu desenvolvimento pessoal e, consequentemente, da família inteira.
Primeiro contato com a Escola
Quando o meu filho iniciou a vida escolar, na semana em que completou 2 anos, eu me sentia exaurida por ter visitado várias escolas, analisado e discutido cada detalhe estrutural, pedagógico e de logística, mas ainda assim aliviada por tê-lo matriculado na instituição em que me senti mais segura, mais bem recebida. Muitas dificuldades se apresentaram ao longo do ano, especialmente porque a escola precisou mudar de sede em razão de um “problema urbano” que exigia a ação “morosa” da Prefeitura e, certamente, confiar na escola foi o mais importante para vencermos estas dificuldades e com “eles” permanecermos. Fechamos o primeiro ano escolar – maternal – com vários aprendizados, mas embora nosso pequeno tenha recebido muito carinho, colo, mimos, atenção, motivação (contato físico e sentimentos que acho fundamentais estarem presentes na escola, especialmente na pré-escola) e atividades pedagógicas planejadas, eu diria que os impasses que vivemos e reflexões que o pai e eu fizemos, quase que diariamente, acerca dotempo certo para o nosso filho, das manhas, do apego, das faltas e viroses, choradeira nas despedidas e por fim sobre o desenvolvimento da sua socialização, coloquei-o cedo demais.
A primeira escola provoca dúvidas comuns às mães. Li uma expressão de sentimentos, escrita pela blogueira Ilana, no blog Coisa de Mãe, que se ajusta bem aqui:
“que coisa mais difícil para uma mãe, orquestrar essa separação tão grande que é mandar um filho pra escola. Porque assim é pra mim. O momentos-símbolo de separação, todos sem exceção, vividos intensamente, pensados, sentidos, aproveitados, angustiados e, por fim, deixados”.
Nossos maiores desafios pessoais no primeiro contato escolar foram a adaptação, motivada pela separação dos laços e da rotina de mãe e filho “pico-picos” e a dificuldade para trabalhar figuras de liderança; adultos em que o CJ poderia confiar e buscar. Amadurecemos todos e nesta nova escola ano o receio queria voltar, mas para minha grata surpresa, parece que precisarei me preocupar com outras questões… quem bom!
De repente, se isso ajudar, indico o post “O fantasma da adaptação escolar” muito bom escrito por Evellyn do blog Meu mundo e nada mais.
“[...] O choro do meu bebê, minhas dúvidas e lamúrias de mãe de primeira viagem, a necessidade de voltar a trabalhar e vê-lo crescer em segurança. Foi um período de desprendimento e de compreensão de que a vida precisa seguir em frente. A escolha por deixá-lo numa creche que me foi recomendada, previamente visitada e acolhedora, era a mais correta para o nosso caso. Foram duas semanas de adaptação para mim e para ele, que no final já estava totalmente integrado com a nova rotina, deixando-me segura para voltar ao trabalho”…
Desafios e Conquistas
E agora que completamos a adaptação quais serão os nossos novos desafios? Que corra o ano e a gente encontre novas razões para se preocupar e muitos, muitos para celebrar a vivência escolar e os aprendizados decorrente dela.
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Eu aguardo as sementes que você possa vir a lançar. Depois selecioná-las e plantar.