quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Cadastros!


Dilma anuncia reabertura de financiamentos para novas creches

29/01/2013 | 9:43
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Dilma, em mensagem aos novos prefeitos, destacou a importância de investir em educação: “Nenhum país do mundo tornou-se desenvolvido sem garantir creche, pré-escola, alfabetização na idade certa e educação integral para suas crianças” (Foto: Letícia Verdi/MEC)
Na abertura do Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas, na noite desta segunda-feira, 28, em Brasília, a presidenta da República, Dilma Rousseff, defendeu o repasse dos recursos provenientes dos royalties do petróleo para a educação. O encontro se estenderá a esta terça-feira, 29.
A presidenta falou aos prefeitos eleitos em 2012 sobre as ações do governo federal destinadas a atender municípios com repasses de recursos e financiamento. “Quero que vocês se apropriem das ações da União que beneficiem os municípios; é o momento de construir uma nova agenda e começar a realizar as propostas de campanha”, disse Dilma.
Entre as ações em educação, a presidenta anunciou a reabertura da adesão aos programas de construção de creches e de construção e cobertura de quadras poliesportivas em escolas da rede pública. Para as creches, os prefeitos devem ceder o terreno onde o prédio será construído e licitar a obra, que segue projeto fornecido pelo Ministério da Educação. Os recursos provêm do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Além das obras de estrutura física, o governo federal destina recursos para o custeio de novas unidades durante o período em que elas não estiverem inseridas no censo escolar, o que deve ocorrer em outubro. “Além das creches previstas para 2013, os prefeitos podem pegar [os recursos destinados] as creches previstas para 2011 e que não foram construídas”, afirmou Dilma.
Para as quadras poliesportivas, a nova proposta do governo permitirá que escolas com mais de cem alunos peçam a construção e a cobertura. Na última chamada pública, feita pelo FNDE, apenas escolas com mais de 500 estudantes poderiam ser beneficiadas. A ação, segunda a presidenta, permitirá que mais alunos em mais municípios tenham a oportunidade de fazer educação física e tornar a escola mais interessante. “Nenhum país do mundo tornou-se desenvolvido sem garantir creche, pré-escola, alfabetização na idade certa e educação integral para suas crianças”, salientou.
Na área de educação profissional e tecnológica, Dilma destacou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que em 2012 chegou a 2,5 milhões matrículas. Para a presidenta, profissionalizar o jovem e capacitar o trabalhador tornam o país mais competitivo.
Quanto aos royalties, Dilma reiterou a posição de que os recursos devem ser destinados à educação. “Temos que discutir o que fazer com os royalties do petróleo”, afirmou. “Sempre disse aos senhores: temos de ter uma visão de médio e longo prazo: precisamos colocar mais recursos na educação.”
Ela disse que vai trabalhar até o fim do mandato para melhorar as condições da educação no país.
Autor: MEC

Ministro alerta sobre a importância da adesão ao Plano de Ações Articuladas



30/01/2013 | 10:07
Em palestra no Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas, na manhã desta terça-feira, 29, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou a importância de os municípios brasileiros aderirem ao Plano de Ações Articuladas (PAR). De acordo com o ministro, o plano é fundamental para o planejamento em educação por contemplar iniciativas de gestão, formação, práticas pedagógicas e infraestrutura escolar.
Mercadante ressaltou a importância da educação para o desenvolvimento econômico e social dos municípios. “Formar melhor os jovens e crianças significa melhores perspectivas de emprego e renda, nas melhores vagas, com os melhores salários” (Foto: Letícia Verdi/MEC)
Mercadante ressaltou a importância da educação para o desenvolvimento econômico e social dos municípios. “Formar melhor os jovens e crianças significa melhores perspectivas de emprego e renda, nas melhores vagas, com os melhores salários” (Foto: Letícia Verdi/MEC)
Em 2012, foram repassados aos municípios R$ 8 bilhões por meio do plano. As prefeituras que não aderiram ficaram impossibilitadas de receber ônibus escolares, obras, mobiliário escolar, computadores e não puderam contar com os demais programas e ações desenvolvidos pelo Ministério da Educação.
Mercadante ressaltou a importância da educação para o desenvolvimento econômico e social dos municípios. “Formar melhor os jovens e crianças significa melhores perspectivas de emprego e renda, nas melhores vagas, com os melhores salários”, disse.
Entre as obras que dependem da adesão ao PAR pelas prefeituras para o repasse de recursos está a construção de creches e pré-escolas. Para cumprir a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) de ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até três anos até 2023, o ministro anunciou que as inscrições para construção de unidades estará aberta de 4 de fevereiro a 31 de maio. Segundo Mercadante, os prefeitos poderão optar pelo método tradicional ou pela edificação com módulos pré-moldados. Serão oferecidas mais de três mil novas creches este ano.
Pacto — O processo de alfabetização das crianças brasileiras também foi lembrado pelo ministro. O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa conta com a participação de 362 mil professores alfabetizadores e 18 mil orientadores de estudos. O MEC investirá R$ 60 milhões em livros didáticos, jogos pedagógicos e obras literárias para estudantes do primeiro, segundo e terceiro anos da educação básica.
O pacto é um compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e municípios para assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade ao final do terceiro ano do ensino fundamental.
Professor — O ministro abordou ainda a situação dos professores e a valorização do magistério. “Não há educação de qualidade sem o professor”, afirmou. “Boas escolas se fazem com bons professores.” Ele defendeu reajustes contínuos e sustentáveis do piso salarial e a valorização dos professores a partir de uma formação de qualidade.
Os prefeitos têm acesso ao PAR de seu município pelo Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec)
Autor: MEC

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

5 pontos sobre lista de material escolar



Conheça cinco cuidados indispensáveis na confecção e distribuição de listas de material escolar

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Gestão de materiais

No início do ano letivo, uma preocupação comum do diretor é com o material de uso pedagógico que a escola terá à disposição para a realização dos projetos planejados. Quantos cadernos, lápis e borracha os alunos usarão? O que a escola tem em estoque será suficiente para todos? Os recursos que virão da Secretaria de Educação bastarão para o uso nas atividades elaboradas pelos professores no projeto político-pedagógico? 

Na tentativa de não ser pego desprevenido, o gestor costuma elaborar uma lista de material escolar e distribuir aos pais, solicitando que comprem os itens que serão usados pelos alunos e os enviem à escola na primeira semana de aula. Na verdade, é o poder público que tem a obrigação de oferecer as condições necessárias ao processo de ensino e aprendizagem, conforme consta no artigo 4º da Lei de Diretrizes e Bases (LDB). 

Normalmente, as secretarias municipais e estaduais de Educação enviam recursos financeiros para que a escola forneça o material ou manda kits (com cadernos, lápis grafite e de cor, tesoura, cola, régua, borracha e apontador). 

Na prática, a quantidade recebida - em dinheiro ou em espécie - não é suficiente para a escola desenvolver todos os projetos didáticos previstos para o ano e, no decorrer do período, há a necessidade de completar o estoque. Uma das opções é usar a verba do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), que permite à escola adquirir serviços e bens permanentes e de consumo - e os materiais escolares se encaixam nesse último. Contudo, como esse recurso também é usado para diversas outras finalidades, o gestor parte para envolver as famílias na solução do problema. Esse procedimento não é ilegal e já está arraigado em muitas instituições. Mas, para que dê certo, alguns cuidados são necessários. 

Vale lembrar que a escola pública não pode, em hipótese alguma, condicionar o acesso à Educação à compra de qualquer tipo de objeto ou serviço. Crianças e jovens têm o direito de frequentar as aulas independentemente de os pais terem ou não condições de comprar o material. "A lista do que é importante ao bom andamento dos projetos deve ser definida pelos gestores e professores segundo a demanda pedagógica e administrativa. Porém é preciso que a comunidade esteja de acordo. Tudo o que for comprado deve ser destinado ao uso em sala de aula para o benefício coletivo", esclarece Luiz Carlos Dalla Costa, coordenador substituto de execução de programas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Veja, na página anterior, cinco cuidados indispensáveis na confecção e distribuição de listas de material escolar.

Quer saber mais?
CONTATOS
Idec, tel.  (11) 3874-2150
Ministério da Educação, tel. 0800-616-161

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Celso dos Santos Vasconcellos


 fala sobre planejamento escolar

Especialista critica a burocracia e diz que o coordenador pedagógico deve se aliar a outros colegas para não se sentir sozinho

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celso vasconcellos planejamento
Foto: Rodrigo Eribe 
Celso dos Santos Vasconcellos já foi professor, coordenador pedagógico e gestor escolar. Ao longo de sua extensa carreira de educador, participou de inúmeros processos de planejamento nas escolas e gosta de dizer que aprendeu muitas lições. "Às vezes, há uma tentação enorme de ficar gastando tempo com problemas menores, quase sempre da esfera administrativa ou burocrática. Justamente por isso é tão importante planejar o planejamento", afirma. Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo, mestre em História e Filosofia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e autor de diversos livros sobre esse assunto, o especialista fala na entrevista a seguir a respeito dos meandros do processo de elaboração das diretrizes do trabalho da escola.


Por onde se deve começar um bom planejamento?
CELSO VASCONCELLOS Depende muito da dinâmica dos grupos. Existem três dimensões básicas que precisam ser consideradas no planejamento: a realidade, a finalidade e o plano de ação. O plano de ação pode ser fruto da tensão entre a realidade e a finalidade ou o desejo da equipe. Não importa muito se você explicitou primeiro a realidade ou o desejo. Então, por exemplo, não há problema algum em começar um planejamento sonhando, desde que depois você tenha o momento da realidade, colocando os pés no chão. Em alguns casos, se você começa o ano fazendo uma avaliação do ano anterior, o grupo pode ficar desanimado - afinal, a realidade, infelizmente, de maneira geral, é muito complicada, cheia de contradições. Às vezes, começar resgatando os sonhos, as utopias, dependendo do grupo, pode ser mais proveitoso. O importante é que não se percam essas três dimensões e, portanto, em algum momento, a avaliação, que é o instrumento que aponta de fato qual é a realidade do trabalho, vai aparecer, começando o planejamento por ela ou não.

É possível realizar um processo de ensino e aprendizagem sem planejar?
VASCONCELLOS É impossível porque o planejamento é uma coisa inerente ao ser humano. Então, sempre temos algum plano, mesmo que não esteja sistematizado por escrito. Agora, quando falamos em processo de ensino e aprendizagem, estamos falando de algo muito sério, que precisa ser planejado, com qualidade e intencionalidade. Planejar é antecipar ações para atingir certos objetivos, que vêm de necessidades criadas por uma determinada realidade, e, sobretudo, agir de acordo com essas ideias antecipadas.

Em alguns contextos, o planejamento ainda é encarado como um instrumento de controle?
VASCONCELLOS Sim, em algumas escolas e redes, ele ainda é um instrumento burocrático e autoritário. Em um sistema autoritário, o planejamento é uma arma que se volta contra o professor porque o que ele disser - ou alguém disser por ele - que vai ser feito tem que ser cumprido. Caso contrário, ele foi incompetente. E, nem sempre, conseguimos fazer o que planejamos. Por diversas razões, inclusive por falha nossa, mas não unicamente por isso. No entanto, o movimento da sociedade e o processo de redemocratização têm favorecido o conceito de planejamento como real instrumento de trabalho e não como uma ferramenta de controle dos professores.

Qual a relação entre o planejamento e o projeto político pedagógico?
VASCONCELLOS Nesse processo de planejar as ações de ensino e aprendizagem, existem diversos produtos, como o projeto político pedagógico, o projeto curricular, o projeto de ensino e aprendizagem ou o projeto didático, que podem ou não estar materializados em forma de documentos. O ideal é que estejam. Quando falamos do planejamento anual das escolas, temos como referência o projeto político pedagógico.

É possível fazer um planejamento sem conhecer o projeto político pedagógico da escola?
VASCONCELLOS
 Um projeto, a escola sempre tem, mesmo que ele não esteja materializado em um documento. Agora, o ideal é que esse projeto seja público e explicitado. Na hora do planejamento anual, ele deve ser usado como algo vivo, como um termômetro para toda a comunidade escolar saber se o trabalho que está sendo planejado está se aproximando daqueles ideais políticos e pedagógicos ou não.

Como evitar que o tempo dedicado ao planejamento anual não seja desperdiçado?
VASCONCELLOS
 Nas escolas, o coordenador pedagógico é o responsável por esse processo. É preciso prever momentos específicos para cada tipo de assunto e ser firme na coordenação. Às vezes, há uma tentação muito grande em ficar gastando tempo do planejamento com problemas menores, administrativos ou burocráticos. Então, é muito importante planejar o planejamento, reservando momentos específicos para cada assunto, e ser rigoroso no cumprimento dessa organização. Ele precisa ser um coordenador pedagógico forte, mas onde buscar apoio para se fortalecer? Em alguns casos, há o apoio da direção, mas é muito importante que ele faça parte de um grupo com outros profissionais no mesmo cargo para trocar experiências e sentir que não está sozinho nesse trabalho.

Com que frequência as ações do planejamento anual devem ser revistas pela equipe?
VASCONCELLOS
 Eu insisto muito na reunião pedagógica semanal. Na minha opinião, esse encontro não deve ser por área, e sim com todos os professores daquele ciclo, daquele período. Se todos os professores, por exemplo, do ciclo II do Ensino Fundamental do período da manhã estão presentes no mesmo momento, em um dia fixo da semana, no período da tarde, durante cerca de duas horas, o coordenador pedagógico pode montar reuniões por área, ou por nível ou gerais, conforme as necessidades. Esse momento de encontro é imprescindível para planejar um trabalho de qualidade com coerência entre os professores. Além de ser um momento de socialização. Existem professores que descobrem coisas excelentes que vão morrer com ele porque não foram sistematizadas nem ele compartilhou aquelas descobertas. E, na hora do planejamento, há a possibilidade de reservar um momento para isso.

Existe algum momento que deve ser planejado com mais cuidado?
VASCONCELLOS
 Sim, as primeiras aulas. Principalmente das séries iniciais. Existem estudos que mostram que a boa relação professor/aluno pode ser decidida nessas aulas. Há pesquisas que vão além e apontam os primeiros instantes da primeira aula como determinantes do sucesso da atividade docente. Então, se o professor tem de preparar bem todas as aulas, as primeiras precisam de mais cuidado. E não é só determinar os conteúdos a ser abordados, os objetivos a atingir e a metodologia mais adequada. É, sobretudo, se preparar, tornar-se disponível para aqueles alunos, acreditando na possibilidade do ensino e da aprendizagem, estando inteiramente presente naquela sala de aula, naquele momento.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

PRECE



Texto de Aluísio Cavalcante Jr.


Sempre que entro em uma sala de aula,

Peço que a sabedoria dos Mestres da Vida

Me acompanhe,

Para que as lições que serão ensinadas por mim,

Encontrem nos olhos de quem me espera,

O brilho precioso da alegria.

Esta é a minha prece diária

Que me inspira e guia em cada aula.

Que me faz buscar no ensinar e no aprender

As cores da esperança,

E a chama de uma Educação que faz sentido.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Rubem Alves



Plano Nacional de Educação deve ser votado pelo Senado até junho, diz relator



21/01/2013 | 10:19
O Plano Nacional de Educação (PNE) deve ser votado pelo Senado Federal até junho deste ano. A expectativa é do senador José Pimentel (PT-CE), relator do projeto. Em 2012 a votação foi adiada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da casa, que terminou o ano sem um parecer definivo. “Espero que até o final de junho a gente conclua a votação no Senado. O projeto então volta à Câmara. Trabalhamos no sentido de aprovar toda essa matéria no ano de 2013”, disse em debate no 14º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb) da União Nacional dos Estudantes (UNE).
O PNE estabelece 20 metas educacionais que o país deverá atingir no prazo de dez anos. O projeto ficou cerca de um ano e meio em tramitação na Câmara e um mês e meio no Senado. Somente neste último, já foram apresentadas 80 emendas ao plano. Até o final do ano passado foi mantido o ponto que mais gerou polêmica na Câmara: a ampliação do percentual de investimenro do Produto Interno Bruto (PIB) em educação para 10% ao ano.
O governo federal defendia que a implementação do Plano Nacional de Educação dependia integralmente dos repasses de recursos dos royalties de petróleo e que não seria possível retirar os recursos do PIB. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, apresentou aos parlamentares, em novembro do ano passado, dados demonstrando que para o investimento de 10% no setor, como previsto no PNE, deveria haver um acréscimo de R$ 200 bilhões.
Pimentel explica, no entanto, que o governo cedeu aos 10% e que a porcentagem deve ser mantida no plano aprovado. O senador destacou também a presença dos estudantes em toda a tramitação do PNE. Segundo ele, neste ano o acompanhamento dos movimetos estudantis será fundamental para a agilidade da votação.
O 14º Coneb acontece no Recife (PE) até segunda-feira (21). Este ano foram mais de 3,5 mil inscrições de entidades de todas as regiões do país. Sob o tema “A Luta pela Reforma Universitária: do Manifesto de Córdoba aos Nossos Dias”, o Coneb oferece debates e grupos de discussão sobre temas ligados às universidades e ao Brasil. Ao final, os delegados vão decidir os rumos e posicionamentos da UNE para 2013. O evento antecede a Bienal da UNE, espaço de diálogo de estudantes e movimentos culturais que, este ano, está em sua 8ª edição.
Autor: Agência Brasil

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013


18/01/2013 - 15h42

Projeto institui programa Horta na Escola

Beto Oliveira
Homero Pereira
Para Homero Pereira, as hortas poderão despertar o interesse dos alunos para a área de ecologia.
O Projeto de Lei 4516/12 institui o programa Horta na Escola. Pelo texto, a escola deverá apresentar projeto pedagógico que contemple a utilização de hortas como recurso para o ensino de diferentes conteúdos do currículo.

Os sistemas de ensino que aderirem ao programa terão prioridade no recebimento de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

A proposta é de autoria do deputado Homero Pereira (PSD-MT). Ele argumenta que, por meio da horta, os professores podem mostrar, na prática, e de forma interdisciplinar, matérias como ecologia, biologia, meio ambiente e o bom aproveitamento hídrico.

Benefícios
Dentre os benefícios pedagógicos da horta escolar, o autor destaca alguns, como tornar mais concretos aspectos como uso e conservação do solo, erosão, assoreamento, adubação e agrotóxicos, assim como a compreensão do processo de fotossíntese.

Homero Pereira acredita ainda que o trabalho poderá despertar o interesse dos alunos para atividades ligadas à pesquisa na área de ecologia como ciclos da matéria, fluxo de energia, crescimento e regulação populacional. O deputado defende também que, além de melhorar os aspectos pedagógicos, a horta ajuda “na aquisição de hábitos saudáveis de alimentação, através do despertar da curiosidade e do prazer de produzir e consumir alimentos frescos”.

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo. Ela será analisada pelas comissões de Educação e Cultura, quanto ao mérito; de Finanças e Tributação, quanto ao impacto orçamentário; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, quanto à constitucionalidade e legalidade.

Íntegra da proposta:

Reportagem - Maria Neves
Edição - Juliano Pires

Proposta obriga escolas a ter atividades sobre prevenção às drogas


14/01/2013 - 13h34


Dep. Wellington Fagundes (PR-MT)
Wellington Fagundes: abordagem escolar não pode ser repressiva, e sim preventiva.
A Câmara analisa o Projeto de Lei 4453/12, do deputado Wellington Fagundes (PR-MT), que obriga escolas públicas e privadas a ter atividades pedagógicas sobre prevenção ao consumo de drogas legais e ilegais.
Segundo a proposta, os currículos de formação para professores também deverão incluir aulas sobre drogas com medidas de prevenção e intervenção.
Além disso, o Ministério da Educação deverá divulgar, em seu portal na internet, práticas de prevenção de drogas adotadas em escolas estaduais e municipais e diretrizes do Conselho Nacional de Educação (CNE) e da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad).
A Lei 11.343/06, que instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad), já prevê a implantação de projetos pedagógicos para prevenção do uso indevido de drogas.
Abordagem
Wellington Fagundes afirma que a abordagem escolar sobre as drogas não pode ser repressiva, e sim preventiva. Ele ressalta que essa é a conclusão de estudo sobre drogas nas escolas, feito pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2005.
“A estratégia de longo prazo deve se apoiar no desenvolvimento de atividades pedagógicas para transmitir aos alunos informações sobre as consequências do uso de drogas lícitas e ilícitas”, diz o parlamentar.
Em 2004, o Ministério da Educação e a Senad criaram um projeto-piloto de formação de professores sobre prevenção do uso de drogas nas escolas públicas. O curso teve a participação de 5 mil educadores de todas as regiões do País; em 2006, a formação atendeu 20 mil educadores; e em 2009, 25 mil. Desde 2004, o curso é feito em parceria com a Universidade de Brasília (UnB).
Tramitação
A proposta tramita em conjunto com o PL 434/99, que será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e pelo Plenário.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli

Creches e pré-escolas públicas podem ser obrigadas a funcionar no período de férias


17/01/2013 - Educação


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Proposta de Ângela Portela 
já foi aprovada no Senado 
e está na Câmara
No período de dezembro a fevereiro, de férias escolares, muitos pais lidam com a dificuldade de encontrar um lugar onde deixar os filhos pequenos ou alguém reponsável por cuidar deles. Projeto que obriga as instituições públicas de educação infantil — da creche (para crianças de até 3 anos) à pré-escola (de 4 a 6 anos) — a funcionar durante as férias foi aprovado no Senado no ano passado e aguarda o parecer  dos deputados.
A proposta (PLS 510/11), de Ângela Portela (PT-RR), acrescenta à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDE — Lei 9.394/96) a obrigação de oferecer atividades pedagógicas para os alunos nas férias escolares “no mesmo horário de atendimento dos dias letivos”. Os professores e funcionários da escola deverão ter os devidos acréscimos na remuneração, pela carga adicional de trabalho.
Ainda no Senado, emenda de José Agripino (DEM-RN) incorporada ao projeto estabeleceu que os pais deverão, no início do ano, dizer se as crianças frequentarão as atividades extras. As escolas só serão obrigadas a oferecer o serviço caso mais da metade dos alunos façam essa opção.
Jornal do Senado
(Reprodução autorizada mediante citação do Jornal do Senado)

Professor, seja bem-vindo



No início do ano letivo, estabelecer uma rotina de colaboração e entrosamento é fundamental para adaptar e integrar tanto alunos como professores novos

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No início do ano letivo, estabelecer uma rotina de colaboração e entrosamento é fundamental para adaptar e integrar tanto alunos como professores novos. Foto: João Marcos Rose / Agência Nitro
No início do ano letivo, estabelecer uma rotina de colaboração e entrosamento é fundamental para adaptar e integrar tanto alunos como professores novos
A cada ano que se inicia, novos grupos de professores e alunos se formam. Como recepcionar, integrar e aproveitar bem o potencial dessas pessoas? Os especialistas são unânimes: saber que pertencemos a um grupo, de verdade, é fundamental para garantir o comprometimento e o bom resultado do trabalho, tanto dos educadores como dos estudantes. Por isso, os primeiros dias devem ser cuidadosamente preparados pela direção e a coordenação para receber os novos integrantes.

Para muita gente, criar uma dinâmica divertida é a primeira idéia que vem à cabeça. Mas ela não é suficiente para garantir esse bom aproveitamento o ano todo. Não adianta enfeitar a escola se os funcionários não estiverem bem preparados para receber os estudantes, nem propor atividades de grupo sem avaliar anteriormente se alguém pode se constranger por ficar em evidência. O que vale mesmo é planejar situações que promovam o entrosamento e o desenvolvimento permanentes, não apenas no primeiro dia.

Poucas coisas são tão difíceis quanto se sentir um peixe fora d'água. Imagine o que significa o primeiro dia de aula para uma criança que acaba de chegar a uma escola nova e encontra velhos amigos se revendo e matando as saudades - e ela sem saber sequer onde é o banheiro. Para os adultos, a situação é igualmente delicada. Um professor novo encontra uma equipe estabelecida, com rotina própria e procedimentos que ele desconhece. O fato é que geralmente ele tem uma bagagem, uma experiência que precisa ser aproveitada pelo grupo.

O sociólogo suíço Philippe Perrenoud em seu livro A Prática Reflexiva no Ofício de Professor: Profissionalização e Razão Pedagógica, aponta competências básicas que ganham ainda mais relevância no início do ano: saber cooperar e trabalhar em rede, conceber a escola como uma comunidade educativa e aprender a se sentir um membro efetivo da equipe. Se você domina esses conceitos, já tem meio caminho andado para compreender as necessidades desse momento inicial e, assim, certamente vai ajudar a somar, em vez de dividir o grupo. "É na hora da passagem das turmas para o próximo professor que ficam evidentes esses conceitos", completa Marília Costa Dias, coordenadora pedagógica da Escola Projeto Vida, em São Paulo. Mais que entregar um relatório sobre o desempenho dos alunos, o ideal é conversar muito com o novo professor, apontando o desenvolvimento de cada criança, onde estão as dificuldades, qual o perfil da turma, quais foram os projetos desenvolvidos em anos anteriores.
Professor novo, nova equipe

Acompanhamento amigo: no colégio Renovação, em São Paulo, o aluno Caio (à esquerda) aprensenta a professora Katia Alcazar para o novato, Leonardo. Foto: Ricardo Benichio
Acompanhamento amigo: no colégio Renovação, em São Paulo, o aluno Caio (à esquerda) aprensenta a professora Katia Alcazar para o novato, Leonardo
"A postura aberta é imprescindível para que os novatos se sintam aceitos pessoal e profissionalmente", diz Raquel Volpato Serbino, professora de Pedagogia da Universidade Estadual Paulista e diretora da GAL Consultoria em Educação, em Botucatu, no interior de São Paulo. O ideal é que todos tenham a oportunidade de se apresentar aos outros e trocar experiências antes mesmo de as aulas começarem. Na EE Professor Magalhães Drummond, localizada num dos bairros mais violentos de Belo Horizonte, a postura aberta da comunidade escolar era pouco para receber os novos membros. "Por causa da fama negativa da escola, muitos professores chegavam com preconceito e medo", conta a coordenadora pedagógica Almerinda Alexandrina Damásio. No caso dos recém-chegados, a coordenadora fica atenta para os conceitos sobre coletividade, prática reflexiva, diversidade e superação dos limites - ou seja, atitudes, hábitos, métodos e posturas. As primeiras semanas do ano letivo são dedicadas a ampliar esses saberes.
Continue lendo a reportagem

Governo cria vale-imprensa



GILBERTO DIMENSTEIN - FOLHA DE SÃO PAULO - 18/01/2013 - SÃO PAULO, SP
Vou hoje escrever contra os interesses da minha categoria: os jornalistas.
A ministra Marta Suplicy (Cultura) estimulou o debate sobre o vale-cultura mostrando que esse dinheiro público pode servir para comprar jornais e revistas - mesmo que seja, enfatizou, uma publicação `porcaria`.
Mesmo que fosse um jornal ou revista de alta qualidade o dinheiro seria bem aplicado?
Como jornalista, sou obrigado a acreditar que a atividade jornalística é importante para a cidadania. Logo, mais gente informada, melhor.
Será que grupos como a Folha, Globo, Estado, Abril, entre outros, com fortes esquemas de marketing, capazes de atrair anunciantes e leitores, deveriam ganhar esse subsídio público?
Um absurdo pegar um dinheiro destinado à cultura para ajudar jornais e revistas.
Do ponto de vista cultural e educacional é jogar dinheiro fora. Para mim, cultura e educação são inseparáveis: as escolas deveriam ser centros culturais para estimular o encanto da descoberta do conhecimento.
Podem apostar: com essa lei, será muito mais provável os jornais e revistas captem muito recursos do vale-cultura do que um projeto de teatro ou cinema na periferia.
Na prática, o PT está criando um vale-imprensa.

Um ano para a educação infantil



CAMILA GUIMARÃES - REVISTA ÉPoCA - 17/01/2013 - RIO DE JANEIRO, RJ
Uma das maiores conquistas da educação brasileira na última década foi ter colocado para dentro da escola 98% das crianças com idade entre 6 e 14 anos. Um esforço das redes municipais de ensino, responsáveis pela matrícula da maioria desses alunos. A partir de 2013, os municípios terão de recuperar o fôlego para criar vagas para mais 1,4 milhão de pequenos brasileiros fora da escola. São crianças de 4 e 5 anos que deverão estar matriculadas na pré-escola até 2016. Receber e educar com qualidade essas crianças é a missão de gestores municipais de ensino que assumiram seus mandatos em 2013.
A universalização da pré-escola foi estabelecida por uma emenda constitucional em 2009, que estendeu a obrigatoriedade da oferta de ensino gratuito para crianças e adolescentes de 4 a 17 anos (antes, era de 6 a 14 anos, os nove anos do ensino fundamental). Os pais também serão obrigados a matricular os filhos. O prazo para as redes cumprirem a nova regra é 2016. O investimento não é pequeno. Se for considerado o custo mínimo por aluno, um valor estipulado pelo governo (em 2012, foi R$ 2.096 por ano), é de quase R$ 3 trilhões. “É uma estimativa genérica, e algumas redes investirão mais que outras, mas dá uma ideia do desafio”, diz Paula Louzano, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.
Quem assume esse desafio são as prefeituras, responsáveis por quase 75% das matrículas da pré-escola. Elas terão de construir novas escolas, contratar e treinar novos professores, comprar equipamentos e materiais didáticos e depois fazer a manutenção de tudo isso. “É uma das maiores preocupações entre os secretários”, afirma Cleuza Repulho, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). “Estamos falando de infraestrutura, construção de prédios, localização de terrenos livres, licitações. Isso leva tempo e exige um investimento que boa parte das prefeituras não tem como fazer.” Em São Caetano do Sul, São Paulo, onde a demanda por vagas está 100% atendida, o planejamento começou há quase duas décadas. Hoje, são 41 escolas de ensino infantil, 15 delas em período integral. “São quase três escolas por bairro”, diz Maria Cecília Guelere, secretária de Educação.
As redes municipais, sobrecarregadas de responsabilidades, herdarão a maior parte do trabalho. No total, as prefeituras custeiam 23,3 milhões de alunos, ou 53% do total de estudantes do ensino público básico de todo o país. Justamente elas têm a menor capacidade de investir. O repasse da arrecadação de tributos federais feito pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) não garante, em muitos casos, o investimento mínimo por aluno. Em 2012, a União teve de complementar o valor do repasse para chegar ao mínimo de R$ 2.096 em nove Estados (Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí). Segundo Cleuza, da Undime, a maior parte do Fundeb é usada pelas prefeituras para pagar salários de professores. “A expectativa dos municípios é que aconteça um aumento do repasse nos próximos anos”, diz ela.
Um dos efeitos da municipalização do ensino infantil é a grande desigualdade no atendimento entre municípios até dentro do mesmo Estado. O Fundeb diminuiu essas diferenças, mas elas ainda são preocupantes e atrapalham o ideal de equidade na educação (um ensino de qualidade para todos, mesmo levando em consideração as condições socioeconômicas de cada um).
A sobrecarga nos municípios não afetou a oferta de vagas na pré-escola nos últimos dez anos. Em 2010, 80% das crianças de 4 e 5 anos estavam atendidas. Em 2000, eram 51%. O 1,4 milhão de crianças que ainda estão fora da escola corresponde às mais difíceis de incluir. Elas estão localizadas em áreas periféricas, de difícil acesso. Isso exigirá ainda mais planejamento dos gestores. “Fazer um levantamento de onde estão essas crianças é um primeiro passo fundamental”, diz Alexandre Schneider, ex-secretário de Educação da prefeitura de São Paulo. Desde 2006, a prefeitura centraliza os pedidos de vagas na pré-escola em seu site – e aposentou o velho sistema de mães procurarem as escolas para pedir matrícula. “A cidade foi dividida em setores, e sabemos exatamente onde está a demanda. As mães conseguem ver em que lugar estão na fila de espera.” A fila de espera em outubro, segundo Schneider, era de 5.600 vagas. Em 2007, era de 75 mil. A ampliação custou caro. O aumento do investimento na pré-escola passou de R$ 170 milhões, em 2004, para R$ 1 bilhão, em 2012.
É um investimento que vale cada centavo – e traz retornos futuros para o país. Um dos estudos mais importantes nessa área foi o do economista americano James Heckman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2000. Ele estudou o efeito de programas sociais de educação e concluiu que, se a educação é crucial para o avanço de um país, então, quanto mais cedo uma criança for educada, melhor. Primeiro, porque isso amplia o efeito da educação. O desempenho das crianças que começam mais cedo na escola é melhor ao longo de sua jornada acadêmica. Há efeitos comprovados também em seu comportamento social. Os grupos de alunos acompanhados durante duas ou três décadas geraram dados que mostram baixa tendência à criminalidade entre aqueles que tiveram atenção na educação infantil. Em segundo lugar, esses alunos são mais baratos. Tentar ensinar anos depois o que deveria ter sido aprendido na infância pode custar até 60% mais caro e é, segundo Heckman, ineficiente.
Para que tudo isso se torne verdade, há algumas condições em comum aos programas de sucesso observados. No livro Aprendizagem infantil, uma abordagem da neurociência, economia e psicologia cognitiva, organizado por Aloísio Araújo, da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro, Heckman e Flávio Cunha, professor da Universidade da Pensilvânia, relatam quais são: os professores da educação infantil recebem treinamento intenso e específico; as turmas são em número reduzido, assim cada criança recebe atenção especial; uma estrutura curricular que fornece uma rotina de ensino estruturada; e o envolvimento dos pais em todo o processo.
Em outras palavras, não adianta apenas criar vagas. É preciso planejar um ensino de qualidade para essas crianças. Isso sai bem mais caro que o mínimo estipulado pelo governo federal. Em Petrolina, interior de Pernambuco, cada criança atendida na educação infantil custa R$ 3.590 por ano. Elas fazem parte de um programa que atende crianças até 5 anos de idade, o Nova Semente. Até os 6 meses, período de amamentação, a mãe recebe em casa uma cesta básica. A partir dos 6 meses, elas entram no berçário. Há 70 crianças por unidade, num total de 86 escolas, que funcionam das 6 da manhã às 6 da tarde. Ali, as crianças recebem cinco refeições por dia e acompanhamento médico, odontológico e nutricional. Além, é claro, de seguirem um programa pedagógico, elaborado pelo Instituto Alfa e Beto, que também faz o treinamento específico dos professores – chamados de sementeiros. “A saída para escapar da demora das construções de novas creches foi fazer parceria com a sociedade civil, que cede os espaços”, afirma Mônica Couto, coordenadora do Nova Semente.
Há outra etapa da educação infantil ainda mais desatendida. As crianças de até 3 anos, que ficam em creches, também são responsabilidade das redes municipais. O número de matrículas nessa faixa etária cresceu 11,3% entre 2010 e 2011. Em dez anos, o país não conseguiu cumprir a meta de chegar em 2010 com metade das crianças atendidas. Hoje, são 20%. Quem determina essa meta é o Plano Nacional de Educação, cuja versão para a década 2010-2020 ainda não foi aprovada no Congresso. Quando for, os prefeitos terão de investir R$ 8 trilhões, em média, para matricular 3 milhões de crianças.
Tanto na pré-escola quanto nas creches, o que ajudaria os prefeitos seria seguir outra determinação da Constituição: criar mecanismos de colaboração entre governos locais e os Estados e o governo federal. Essa experiência já acontece no Ceará, onde, para cada creche construída pelo município, outra é bancada pelo Estado. Os avanços da educação infantil nos últimos anos foram significativos, especialmente quando foi deixada para trás a ideia de que se tratava de assistencialismo. Mas ainda faltam ao Brasil políticas públicas mais cuidadosas – e o país sai atrasado em relação aos que já iniciaram esse processo. No Canadá e na Finlândia, os gastos com os professores dessa etapa são os maiores de toda a educação básica. O México universalizou a educação infantil em 2009. A aposta é que, em 2016, o país deixe de tratar esse assunto como brincadeira de criança.

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