segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Mario Quintana

Justiça autoriza família a educar filhos em casa

O Estado de São Paulo, 29/01/2011 - São Paulo SP
Juiz de Maringá (PR) permite que dois irmãos sejam educados fora da escola, mas devem ser avaliados por provas e analisados por psicólogos
Fernanda Bassette
Uma família de Maringá, no interior do Paraná, tirou os filhos da escola e os educa em casa com aval da Justiça. Com apoio do Ministério Público, os pais conseguiram convencer o juiz da Vara da Infância e Juventude de que a educação domiciliar é possível e, teoricamente, não traz prejuízos. Ao contrário deles, conforme o Estado noticiou ontem, uma família de Serra Negra, que também tirou os filhos da escola, ainda tenta provar ao Judiciário que tem condições de educá-los em casa. Em Minas, isso não foi possível e um casal foi condenado pelo crime de abandono intelectual - no[/ ] Brasil, a legislação determina que as crianças sejam matriculadas em escola de ensino regular. Apesar de não existir uma decisão formal do magistrado a respeito do assunto, as crianças são oficialmente avaliadas pelo Núcleo Regional de Educação de Maringá a pedido da Justiça.
O núcleo, vinculado à Secretaria de Educação, elabora e aplica às crianças provas de português, matemática, ciências, história, geografia, artes e educação física. Eles também passam por uma análise psicossocial. Após cumprir essa etapa, o núcleo elabora um relatório e o encaminha ao Judiciário, dizendo se as crianças têm ou não condição intelectual para cursar determinada série. Há três anos é assim e o juiz nunca se opôs aos resultados apresentados. "Os pais conseguiram comprovar que elas têm o conhecimento intelectual necessário, de acordo com as diretrizes curriculares. Essas crianças nunca tiveram dificuldade para resolver as provas. Os resultados demonstram que elas têm aptidão para cursar a série seguinte ", diz Maria Marlene Galhardo Mochi, assistente técnica do núcleo.
Recursos. Segundo Maria Marlene, esse é o único caso de educação domiciliar atendido pelo núcleo de Maringá. "Os pais dessas crianças têm condições, instrução e recursos para educá-las em casa. Como elas ainda estão cursando o ensino fundamental, por enquanto está funcionando. Minha preocupação é quando elas chegarem ao ensino médio, quando as matérias ficam mais complicadas", avalia. Segundo Ricardo de Moraes Cabezon, presidente da Comissão de Direitos da Criança da OAB-SP, o ensino fora da escola não é totalmente proibido, desde que seja justificado como algo excepcional. "Tem de ser realmente excepcional, senão banaliza. Eu recomendo que os pais não façam isso por conta e risco, mas tenham uma tutela do Judiciário", orienta o advogado. Os  irmãos Lucas, de 12 anos, e Julia, de 11, são filhos de pedagogos. O pai é professor da Universidade Estadual de Maringá. Eles foram tirados da escola há quatro anos, após duas tentativas frustradas de tentarem matriculá-los em uma escola regular.
As crianças cursam inglês e matemática fora de casa. As outras disciplinas ficam a cargo dos pais. Também praticam esportes e não podem ver televisão em qualquer horário - só quando os pais autorizam. Para Luiz Carlos Faria da Silva, pai das crianças, além dos conflitos na educação moral dos filhos, a escola também oferecia conteúdos que ele considerava ruins. Ele reclama, por exemplo, que a escola ensinava arte moderna em vez de arte sacra. Diz também que o aquecimento global é contraditório. "Só os vulcões lançam mais dióxido de carbono no ar que toda atividade humana", afirma o pai. Para o educador português José Pacheco, idealizador da Escola da Ponte (em que não há salas de aula), o juiz teve sensibilidade para entender o caso. "É possível que haja o ensino domiciliar, desde que a escola avalie periodicamente essas crianças. É uma alternativa sábia, já feita em países da Europa há muito tempo."

Lei que obriga aulas de música nas escolas não deve ser aplicada este ano

Correio Braziliense, 30/01/2011 - Brasília DF
As escolas públicas e privadas de educação básica — que abrange a educação infantil e os níveis fundamental e médio — de todo o país têm até 18 de agosto para incluir aulas de música em seus currículos. No entanto, a determinação, prevista em lei, deve encontrar dificuldades para ser cumprida dentro do prazo, avaliam gestores públicos e especialistas ouvidos pelo Correio. A música passará a ser conteúdo obrigatório e a integrar o ensino de arte. É o que estabelece a Lei n° 11.769, que acrescentou artigo à Lei de Diretrizes e Bases da Educação e foi sancionada em agosto de 2008. A resolução ainda deve ser discutida pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que vai emitir um parecer com diretrizes gerais para a implantação da norma.
“Serão dadas orientações em relação a como o ensino de música pode ser integrado a outras disciplinas e como pode ser ministrado no âmbito do ensino de arte”, explica a integrante da Câmara de Educação Básica do CNE Clélia Brandão. A lei não define o que será ensinado nas escolas, nem especifica a quantidade de aulas semanais ou se todas as séries da educação básica terão o conteúdo incluído em sua grade curricular. Tampouco cabe ao CNE deliberar sobre essas questões. “Vamos dar as diversas alternativas e maneiras pelas quais o ensino pode se dar. Os conselhos estaduais e municipais devem operacionalizar as orientações das formas mais convenientes para suas regiões”, afirma Clélia.
A maioria das secretarias estaduais de educação está aguardando as diretrizes do CNE para decidir que habilidades e conteúdos devem ser cobrados nas escolas da rede pública de suas regiões. Por isso, os orçamentos de 2011 de parte dos governos não preveem a verba a ser gasta na contratação de professores para o ensino de música e em compra de materiais específicos a serem utilizados nas aulas, como instrumentos musicais. As receitas e gastos previstos para este ano foram fixadas na Lei Orçamentária Anual de 2010, como determina a Lei de Diretrizes Orçamentárias. “É aconselhável, embora não obrigatório, que as normais estaduais e municipais só sejam estabelecidas após as orientações nacionais do CNE, pois, caso haja conflito com essas normas nacionais, o currículo local precisará ser revisto”, analisa Clélia.
Empolgação - Enquanto a discussão segue na esfera burocrática, os estudantes classificam como positiva a proposta de incluir aulas de música na grade escolar. “As pessoas vão começar a aprender música desde cedo. Muita gente tem interesse e até talento, mas não têm como pagar uma aula”, observa Lucas Queiroz, 16 anos, aluno do 2º ano do ensino médio. Ele é baixista de uma banda de rock e aprendeu a tocar sozinho, pesquisando na internet. “Estudando por si só, você pega umas manias e depois fica difícil corrigi-las. O professor pode nos passar a técnica certa.”

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Alcançando estrelas!

5 aspectos para avaliar 2010 e planejar 2011

Confira aqui um balanço para decidir o que adicionar e o que deixar de lado em 2011

Beatriz Santomauro (bsantomauro@abril.com.br)
=== PARTE 1 ====
Ilustração: Mariana Coan

1 Formação profissional
A noção de que a carreira docente é só para quem tem um dom e está disposto a um sacrifício próximo do sacerdócio está muito longe da ideia de que essa é uma profissão como qualquer outra, em que é essencial estudar sempre e se dedicar, ampliando os conhecimentos aprendidos na formação inicial e mergulhando nas didáticas específicas de cada disciplina. Para que seus planos de aperfeiçoamento não amarelem no papel, comece listando o que pode ser resolvido no curto prazo: quais livros ler no próximo mês? Quais cursos priorizar no primeiro semestre? Como entrar naquela especialização no fim do ano?

Os passos variam conforme a atividade. Mergulhar nos livros que abordam sua área de trabalho ou em textos de pesquisas recentes exige apenas disponibilidade para ir atrás deles, comprando ou pedindo emprestado para colegas ou em bibliotecas. Ao eleger suas leituras, considere o tempo que você tem disponível, os objetivos que quer alcançar e se a obra é coerente com suas expectativas. "Para estabelecer esses critérios, trocar indicações com leitores experientes é uma ótima opção", sugere Gisele Goller, formadora da Comunidade Educativa Cedac, em São Paulo. Segundo ela, jornais, revistas e mesmo best-sellers devem estar na lista. "A ampliação cultural promove a aproximação com os alunos e permite trazer discussões atuais para a aula."

Em tempos de banda-larga, a tecnologia é uma grande aliada na formação. Usar a internet tanto para comprar títulos como para ler revistas e jornais é um caminho para quem não tem um acervo rico à disposição. Inscrever-se em grupos de discussão é uma alternativa para a troca de ideias para as aulas. Cursos de formação a distância são outra opção - olho vivo, porém, na qualidade pedagógica, na rotina de estudos e na qualidade do corpo docente.


continuação: Nova Escola

Vale a pena  Conferir

Mensagem para início do ano letivo

GABRIEL CHALITA(Educar em Oração)

Deus, autor da vida. Estamos juntos em oração. Juntos como determinaste. E juntos sentimos a Tua presença e consagramos esse novo ano. E juntos pedimos-Te que possamos ser fiéis à vocação que nos foi confiada.Que neste novo ano, Senhor, nos lembremos da vocação de ensinar. Que sejamos tocados pelo Teu amor, para que possamos partilhar amor. Que estejamos entusiasmados, cientes do sublime papel de tocar a alma e de ajudar o aluno a entender que vale a pena aprender, e aprender sempre, para que sejam, ao mesmo tempo, mais sábios e mais humildes.Que neste novo ano, Senhor, os alunos estejam mais receptivos. Que se abram para a eterna novidade da vida, da amizade, do amor. Que nas salas de aula, o Teu espírito esteja presente, tocando no coração de todos nós, sem distinção. E que a carência que vem de famílias ausentes seja amenizada nestes espaços de luz.Que, neste novo ano, cada funcionário se regozije de sua missão. Que ninguém se sinta diminuído, e que o respeito seja o guia de cada relação. Que a arrogância não encontre eco nesses espaços. Que a prepotência dê lugar ao olhar singelo de todos que precisam aprender. E Tu sabes, Senhor, que todos, sem distinção, precisam aprender.Que, nessa escola, um clima de harmonia possa reinar. Que cada canto e recanto seja abençoado. Que os acidentes sejam pequenos e não retirem o sorriso e o encanto das pessoas que aqui vêm para exercitar a arte e a missão de construir a felicidade. Que sejamos todos acolhedores e nos sintamos todos acolhidos por estarmos juntos, aqui.Que os pais possam estar mais presentes. Que se lembrem de que são os primeiros educadores e que não podem relegar à escola o seu papel de condutores de toda a vida. Que os pais se amem. Que a violência não encontre guarida na casa dos nossos alunos. Que a serenidade vença a agressividade, e que o amor jamais tire folga.Senhor, abençoa este novo ano letivo! Queremos renovar nossa fidelidade ao Teu chamado. Queremos renovar nossa disposição de viver a vida a serviço de uma grande causa, da causa do amor. E que o amor, esse sentimento divino e humano, esse sentimento que sintetiza Tua essência, nossa essência, seja a razão de estarmos aqui.


 

Como o comportamento dos pais pode refletir na educação dos filhos?

comportamento dos pais serve de exemplo para os filhos e o que se deve ensinar é o limite, o dever e o direito, pois só assim a criança aprende que a cada ação, existe uma conseqüência. Veja a opinião da Psicopedagoga Maria Irene Maluf.

Autoridade e Disciplina
A verdadeira autoridade se baseia no velho e bom exemplo de autodisciplina. Mas como é fácil  confundir os diferentes sentidos dessa palavra, encontramos muitos pais que apenas se lembram e usam um desses seus significados: castigar e dar ordens. O que está longe do verdadeiro sentido da autoridade como  geradora de  disciplina, ou melhor ainda de  autodisciplina.
Disciplina vem  da palavra “Discipulus”, ou seja “alguém que aprende”. Assim, disciplina não pode ser imposta pela força, pois isso contraria o princípio básico, da idéia de que ser disciplinado implica  na admiração espontânea por alguém que nos incentiva a sermos parecidos com ele.
Exige auto controle e serenidade, indispensáveis para transmitir segurança e admiração a uma criança.
Para  promoverem esse compromisso da criança com certos princípios e comportamentos que desejem que seus filhos tenham, os pais devem se basear na necessidade de apego das crianças a eles e lhes dar  a oportunidade de aprenderem no dia a dia observando o seu comportamento.
As crianças pequenas , até mesmo  para se sentirem protegidas , tendem a admirar e imitarem seus pais . Elas os vêem como perfeitos e mesmo quando essa idéia é posta em dúvida, continuam se esforçando para acreditar que eles são modelos para o mundo.
Ao crescerem, seu círculo de conhecimentos vai aumentando enquanto a sua ingenuidade vai diminuindo e começam a admirar e querer imitar outras pessoas, como professores e amigos.
O desejo das crianças de serem amadas pelos pais, permanece por muito tempo e por isso tendem a serem “discípulos” desses até uma época além da infância. Quanto mais forte esse vínculo, menos chance terão de admirar  e imitar líderes negativos durante sua adolescência.Por isso é importante  se preocupar com a disciplina desde cedo.
Crianças tendem a querer sempre ser discípulo de seus pais, ou seja, seguir sua disciplina pessoal como exemplo, em uma admiração amorosa. Ensinar pelo exemplo  é um desafio pois exige grande dose de autocontrole e disciplina no dia a dia e em todas as áreas de nosso comportamento. Mas o resultado compensa.
É importante nos lembrarmos que mesmo que a criança ame muito e admire seus pais e os queira imitar e agradar e sempre procure agir com a disciplina imposta por eles, essa é uma tarefa difícil para alguém tão frágil.
E mais difícil será se os pais não transmitirem segurança e uma imagem clara do que eles desejam que o filho imite e aprenda.
A atitude dos pais como modelo e a compreensão pelos deslizes ocasionais dentro de um padrão de serenidade, serão muito mais atuantes na formação da criança, do que castigos, longas conversas ou reprimendas.
Quem não se lembra como se sentia frustrado e humilhado quando os pais o castigavam ou forçavam a fazer  coisas absolutamente contra a sua vontade, sem nenhuma consideração?
Lembrando de nossa própria infância, teremos meios seguros de compreender  como o desejo impaciente de alguns  pais em querer moldar os filhos  é contraproducente.
O que se deve ensinar é o limite, o dever e o direito, pois assim a criança aprende que a cada ação, existe uma conseqüência. Que não significa castigo, mas uma  tomada de responsabilidade sobre seus atos. Isso é disciplinar, ensinar o autocontrole . Com o castigo não se cria autocontrole e portanto não se tem disciplina verdadeira. Disciplinado é quem age corretamente de acordo com padrões introjetados de conduta ao longo de sua vida, mesmo quando está sozinho. É a questão da ética e da moral.
Desde bebê o ser humano observa e imita o meio ambiente. Assim, a clareza naquilo que se deseja da criança é importante desde o princípio. Proibir coisas e em seguida permitir, não cria padrões sólidos de conduta e é  um comportamento que deve ser evitado a todo custo.
Crianças criadas com rotinas saudáveis, adequadas à sua idade, tendem a ser muito mais equilibradas em seu comportamento durante a adolescência.
De modo geral, até os três anos, a criança deve ser introduzida com afetividade nas suas primeiras tarefas familiares: arrumar seus brinquedos, guardar seus pertences, treinar atos de higiene pessoal, aprender a falar com as pessoas de forma educada, respeitar as coisas dos outros, cumprir ordens dos mais velhos, etc. A responsabilidade se ensina nessa idade. E é claro que também depende do exemplo!
Com a ida à escola , novas exigências são introduzidas em suas vidas, através do contato com os professores e coleguinhas. Erram os pais que sempre dão razão aos filhos  quando estes são repreendidos na escola: as crianças sabem quando estão agindo em desacordo com a disciplina que introjetaram em sua casa e perceberão facilmente que seus pais não estão sendo coerentes e serenos em sua atitude. Além disso, se os pais o confiaram a alguém, no caso na sua professora, torna-se conflitivo para a criança que estes contradigam a autoridade dessa pessoa!
Crianças com mais de sete anos, têm condições de responderem por boa parte de seu comportamento e os pais devem com afetuosa  compreensão, procurar recordar-lhes de exemplos de atitudes que lhes foram passadas em casa. Não se trata de ser complacente , mas de não ser intransigente com a própria natureza humana.Crianças criadas com disciplina , reagem bem a esse tipo de conduta.
Saber distinguir o certo do errado significa dominar interiormente uma escala de valores , possuir a autodisciplina, que só uma educação  criteriosa e cuidada permite formar.
Se os pais tiverem comportamentos coerentes com seus ensinamentos e agirem de forma clara e serena, as crianças se sentirão com liberdade de questioná-los em relação ao que lhes parece certo e errado.
Repreender é tarefa para ser feita em um momento de calma e com serenidade. Gritos e castigos físicos não condizem com disciplina e exemplo. Esperar a hora certa é tão importante quanto encontrar as palavras certas para criticar, explicar, repreender, mostrar as conseqüências dos atos.
Críticas sempre são bem vindas quando são feitas de forma amorosa e construtiva. Quando apontam um caminho, quando acrescentam esclarecimentos. Mas para criticar é preciso também ter autodisciplina , ser um adulto bem formado e fazê-lo de modo sereno.
Autora: Maria Irene Maluf – Especialista em Psicopedagogia e em Educação Especial, Coordenadora/SP do Curso de Especialização em Neuropedagogia do Instituto SaberCultura

CULTURA E EDUCAÇÃO


Cultura pode ser definida como uma série de ações que seguem um padrão determinado. Está relacionado a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras que identificam e regem a sociedade em que estamos inseridos. Consiste na identificação de um povo em um determinado tempo e espaço. Cada sociedade tem sua cultura e esta é passada a seus integrantes e estes aos seus descendentes.

Educação se refere aos processos de ensinar e aprender. Está presente em toda a sociedade e está ligada a formação cultural de um povo no sentido de transmitir conhecimentos.

Educação e Cultura formam a cidadania quando revela informações referentes as manifestações culturais, artísticas e intelectuais através do desenvolvimento das práticas pedagógicas de ensino em suas formas.

A educação fornecida em espaços próprios, ou seja, nas escolas, também denominada de educação formal. Acontece de forma intencional, pois tem objetivos definidos e currículos elaborados para este fim além de atender uma clientela determinada.

Há também a educação transmitida de maneira informal, quer dizer sem intencionalidade. Não se utiliza de recursos adequados e acontece em qualquer situação do cotidiano, como ao assistir um vídeo, filme, peça de teatro.

Quando a educação acontece com a utilização dos recursos técnicos e tecnológicos a partir dos instrumentos e ferramentas adequadas ela é denominada de educação tecnológica.

Acesse: http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbedu/n23/n23a01.pdf e leia o artigo na íntegra.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Cora Coralina

Censo da educação básica: escola deve informar situação do aluno a partir de fevereiro

Correio Braziliense, 26/01/2011 - Brasília DF
Ascom MEC
A partir de 1º de fevereiro, as escolas de educação básica de todo o país devem lançar, no sistema Educacenso, as informações sobre o movimento e o rendimento de cada um de seus alunos no final do ano letivo de 2010. O sistema estará aberto até 11 de março. A escola deverá informar se o aluno foi aprovado ou não em 2010, se foi transferido ou se abandonou os estudos. Anualmente, o Censo Escolar da Educação Básica faz a coleta dados — a referência é a última quarta-feira de maio. No início do ano posterior, as escolas informam o movimento e o rendimento dos alunos.
Este ano, os dados serão divulgados na página eletrônica do Instituto Nacional de Estudos e  Pesquisas Educacionais (Inep), em 14 de março. Até o dia até 31 do mesmo mês, o sistema será reaberto para que as escolas procedam às necessárias retificações. A divulgação final está prevista para 12 de abril. O lançamento dos dados pelas escolas deve ser feito no módulo Situação do Aluno, na página eletrônica do Educacenso.

Depois dos erros, MEC vai reformular o Enem

O Globo, 26/01/2011 - Rio de Janeiro RJ
Demétrio Weber
BRASÍLIA - Depois de uma série de erros nos últimos dois anos, o Ministério da Educação (MEC) trabalha na reformulação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Uma das propostas em análise é envolver diretamente as universidades federais na organização do exame. A presidente do Inep, Malvina Tuttman, confirmou que mudanças estão em estudo, mas evitou dar detalhes: - Estamos conversando sobre isso dentro do governo. Não posso adiantar nada. Ela se reuniu a portas fechadas com integrantes do Conselho Nacional de Educação (CNE). O secretário de Educação Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa, disse que as universidades terão participação efetiva no Enem:- Vai ter uma forma efetiva de participação. Elas vão participar com o que têm de melhor. As inscrições no programa Universidade para Todos (Prouni) bateram recorde este ano: 1.048.631 candidatos inscreveram-se no programa, que oferece bolsas gratuitas para alunos de baixa renda em 1,5 mil instituições privadas de ensino superior. Até então, a maior marca tinha sido registrada em 2010, com 822 mil candidatos. O resultado da primeira chamada será divulgado nesta sexta-feira. O ministro Fernando Haddad quer realizar duas edições do Enem em 2011. Malvina não comentou a proposta do presidente da Câmara de Educação Básica do CNE, Paulo Speller, de regionalizar o Enem, fazendo provas distintas, em datas diferentes, nas diversas regiões. Já o secretário Luiz Cláudio Costa rechaçou a ideia:
- Não é o caminho. O que precisamos fazer é aperfeiçoar o sistema. Mas o sistema tem que ser nacional. Não podemos deixar questões menores atrapalharem um projeto Brasil. A proposta do MEC de oferecer ensino médio em horário integral, associado ao ensino técnico, prevê transformar uma dívida do Sistema S em vagas gratuitas para estudantes da rede pública. O MEC estima que o Sistema S - do qual fazem parte o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) - tenha deixado de recolher cerca de R$ 3 bilhões do salário-educação, no período de 2000 a 2004.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Cristovam Buarque

"Todas as crianças precisam ter a mesma chance. Elas não podem ser discriminadas só porque nasceram em uma cidade muito pequena ou porque os pais são pobres e vivem em uma área de periferia. Elas devem ter a chance de estudar em escolas que são iguais às melhores escolas do país. Todas as escolas devem ter o mesmo padrão. Todos os professores e professoras devem ser formados(as) em universidades e cursos com a mesma qualidade. Isso é possível. Se você vai em uma agência do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal, em qualquer cidade do Brasil, o padrão de atendimento e de serviço é o mesmo; são instituições que mostram que o Estado brasileiro tem capacidade de gerar organizações que funcionam. Assim deveria ser também com as escolas. Professores e professoras bem remunerados(as),  com meios de trabalho e ambiente adequados. Livros, currículo, computadores, tudo para ajudar a ter o mesmo padrão e a formar as crianças oferecendo-lhes a mesma chance. Os(as) professores(as) devem ter seus salários pagos pelo governo federal, seguindo um plano nacional de educação de qualidade e a escola gerenciada pela prefeitura e pela comunidade, aberta à participação dos pais, das mães e de toda a comunidade."
Cristovam Buarque, em debate no plenário do Senado Federal, 10/8/2007

Em 2011, o PSPN é R$ 1.597,87

25-01-2011
Em 3 de janeiro de 2011 foi publicada, no Diário Oficial da União, Secção 1, páginas 4/5, a Portaria Interministerial nº 1.459, de 30 de dezembro de 2010, a qual estabeleceu o valor anual mínimo nacional por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), referente aos iniciais do ensino fundamental urbano, para 2011, à quantia de R$ 1.722,05.

Em comparação ao valor anual mínimo do Fundeb de 2010 (R$ 1.414,85), o percentual de reajuste foi de 21,71%.
A Lei 11.738, que regulamenta o piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica, estabelece que:
“Art. 5º. O piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica será atualizado, anualmente, no mês de janeiro, a partir do ano de 2009.

Parágrafo único. A atualização de que trata o caput deste artigo será calculada utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, definido nacionalmente, nos termos da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007.”

Dada a vigência, sem alteração, da Lei do PSPN- em especial do artigo que trata do reajuste anual - a CNTE orienta a correção dos vencimentos mínimos iniciais das carreiras de magistério, em âmbito dos planos de carreira estaduais e municipais, neste ano de 2011, ao valor de R$ 1.597,87, considerando a aplicação do percentual de 21,71% sobre R$ 1.312,85, praticado em 2010.

fonte: http://www.cnte.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=5940&Itemid=85

Vale a pena

Anjos da guarda - Leci Brandão

Professores
Protetores das crianças do meu país
Eu queria, gostaria
De um discurso bem mais
feliz
Porque tudo é educação
É matéria de todo o tempo
Ensinem a quem sabe tudo
A entregar o conhecimento
Na sala de aula
É que se forma um cidadão
Na sala de aula
Que se muda uma nação ] bis
Na sala de aula
Não há idade, nem cor
Por isso aceite e respeite
O meu professor
Batam palmas pra ele
Batam palmas pra ele
Batam palmas pra ele

http://www.youtube.com/watch?v=Xir5eqTV3xE

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Vamos colaborar

Uma pesquisa  para uma Universitária de  Sociologia:

- O que voce entende por Planejamento escolar?

Aguardo suas  contribuições, basta  clicar em comentários  e digitar.
obrigada!

conspiração

Textos de pensadores compõem acervos distribuídos a escolas

Segunda-feira, 24 de janeiro de 2011 - 16:51
Os professores das redes públicas da educação básica de estados e municípios, que lecionam nas áreas urbanas e rurais, vão encontrar nas suas escolas, no início do ano letivo, livros especialmente editados para eles. É a Coleção Educadores, que reúne 31 autores brasileiros e 30 pensadores estrangeiros que exercem influência sobre a educação nacional. A coleção inclui ainda o Manifesto dos Educadores e um índice. No total, 63 livros.

A coleção, lançada em novembro de 2010, durante as comemorações dos 80 anos de criação do Ministério da Educação, vai também para as bibliotecas públicas do país e de universidades, para as faculdades de educação e para todas as secretarias estaduais e municipais de educação.

A distribuição das coleções é feita pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O cronograma prevê que a última postagem nos correios será feita na próxima segunda-feira, 31, para que as obras estejam nas escolas no início do período letivo.

As escolas receberão quantidades diferentes de livros, segundo a matrícula registrada no Censo Escolar. As 53,8 mil escolas com até 50 estudantes, receberão um acervo de 11 livros; as 30,9 mil com 51 a 200 matrículas, um acervo de 21 obras; as 26,5 mil escolas com 201 a 500 alunos, um acervo de 63 livros; e as 24,6 mil escolas com mais de 500 matrículas, dois acervos de 63 livros.

Coleção – A Coleção Educadores, que começou a ser organizada pelo MEC em 2006, integra as iniciativas do governo federal de formação inicial e continuada de professores das redes públicas estaduais e municipais. Cada volume traz uma apresentação do ministro da Educação, Fernando Haddad, um ensaio sobre o autor, a trajetória de sua produção intelectual na área, uma seleção de textos — corresponde a 30% do livro — e cronologia. A última parte apresenta a bibliografia do autor e das obras sobre ele. Cada volume tem, em média, 150 páginas.

Manifestos – Faz parte da coleção a reedição de dois manifestos subscritos por expoentes da educação e da cultura do país e dirigidos à população e aos governos. Um é de 1932, subscrito por 24 personalidades, e o outro, de 1959, que teve a adesão de 161 educadores e intelectuais. Na apresentação da obra, o ministro da Educação, Fernando Haddad, diz que os documentos “assinalam etapas importantes da luta e sinalizam caminhos de impressionante atualidade”.

Ionice Lorenzoni
Confira a tabela da distribuição dos livros
Confira os autores que integram a coleção e os tipos de kits que vão para as escolas públicas.

Metas...

Com a volta das aulas, pais devem fazer reflexão

O Tempo, 25/01/2011 - Belo Horizonte MG

GERALDA BASÍLIO DE SOUZA ERSE
Com a proximidade do início do ano letivo, chegou a hora de se fazer uma analogia entre os "pais de dezembro", conforme o texto da professora Maria Luciene (Fórum 16.12), e a atitude da diretora da Escola Estadual Francisco Tibúrcio, em Santa Luzia. Embora os acontecimentos remetam ao ano passado, ainda se faz necessária a discussão do assunto levantado então e que diz respeito à educação das crianças de nossas escolas. Os "pais de dezembro" só aparecem na escola no fim do  ano, complicando a administração das diretoras. As consequências estão aí, com os casos de desrespeito e agressões a professores e funcionários.
Para evitar esses problemas, não seria melhor acompanhar os filhos no decorrer do ano letivo? Infelizmente, hoje em dia, as famílias "jogam" os filhos na escola para que os professores sejam babás, não educadores. Fico horrorizada com uma situação como essa. É preciso unir forças  para que os alunos se sintam mais seguros dia  após dia, transformando os "pais de dezembro" em pais presentes na vida escolar de seus filhos. Sobretudo, providenciando especialistas para acompanhá-los na aprendizagem e nos prováveis desequilíbrios emocionais. Antes de quaisquer atitudes contra as entidades escolares, vamos procurar ouvir os dois lados - alunos e professores. O período é ideal à reflexão dos pais sobre a postura que vão assumir neste ano letivo.

Integração em SC não sai tão cedo

Diário Catarinense, 25/01/2011 - Florianópolis SC

O secretário de Estado da Educação, Marco Tebaldi, considera a proposta do ministro da Educação, Fernando Haddad, um avanço. No entanto, Tebaldi acredita que a integração do ensino médio com o técnico em Santa Catarina não deverá sair nesta gestão. – Precisamos adequar as condições do Estado. Vamos caminhar para isso, preparando para que, na próxima gestão, isso já aconteça. É algo para os próximos anos – observa. Em Santa Catarina, um outro modelo está em teste em 18 escolas estaduais. Chamado de Ensino Médio Inovador, ele também foi proposto pelo MEC e implantado em 354 escolas de 18 estados brasileiros. Nesta proposta, os estudantes têm uma carga horária maior na escola. Ela passa para 3 mil horas – um aumento de 200 horas a cada ano. Também faz parte dela a associação de teoria e prática, com ênfase nas atividades experimentais, como laboratórios e oficinas.
Setor privado ajudou na implantação em Joinville - Tebaldi lembra que, em sua gestão como prefeito de Joinville – entre 2002 e 2008 –, foi implantado um modelo como o proposto pelo MEC, no qual os alunos vão às aulas do ensino médio num período e, no outro, frequentam a escola técnica profissionalizante. No final de três anos, o estudante sai formado como um técnico também. – A implantação desse modelo contou com o apoio do setor privado de metal-mecânica. A prefeitura ficou responsável por oferecer o terreno e os professores e eles fizeram o complemento – relembra o secretário
.

MEC quer ensino médio integrado com o técnico

Diário Catarinense, 25/01/2011 - Florianópolis SC
Proposta do ministério prevê modelo com aulas em turnos diferentes, para reverter as altas taxas de abandono. Em 2009, 11,5% dos 7,9 milhões de estudantes do médio abandonaram os estudos. No ensino fundamental, os índices de abandono foram de 2,3%, dos 17,2 milhões de alunos dos anos iniciais (1º ao 5º ano) e 5,3%, dos 14,4 milhões de estudantes dos finais (6º ao 9º ano). A proposta do MEC ainda é vaga e não deixa claro se o modelo seria obrigatório para todas as escolas. Isto gerou incerteza entre especialistas do setor, devido à complexidade da aplicação. A ideia de o aluno cursar o médio em um turno e fazer o técnico em outro requer formação de professores, parcerias com governos e prefeituras e altos investimentos em infraestrutura nas escolas. Presidente Dilma já deu sinal verde - Apesar disso, Haddad já apresentou o projeto à presidente Dilma Rousseff, que deu sinal verde para encaminhar a proposta à equipe econômica. Na avaliação do ministro, mesmo com a ampliação do número de escolas técnicas federais no governo Lula, o avanço é pequeno na integração do ensino médio com o técnico. – O ensino médio precisa de uma injeção de ânimo muito forte – afirma o ministro da Educação. Ainda não há estimativa de custo nem forma definida de aplicação da medida. Haddad disse que, além das 354 escolas técnicas federais, poderiam participar do projeto mais 500 escolas do Sistema S (Senac, Senai, Sesc, Sesi, etc) e mais 500 do programa Brasil Profissionalizado (200 a serem criadas). A carga horária complementar seria composta por disciplinas relacionadas ao curso escolhido, mais atividades complementares de esporte e cultura.
O ensino técnico é restrito no país, porque faltam vagas para todos os estudantes interessados. Enquanto 8,3 milhões cursam o ensino médio, 861 mil fazem o profissionalizante, o equivalente a 10,3%. Dos que estão no nível técnico, 60% começaram depois de terminar o médio. Para alterar o quadro, o governo terá um desafio pela frente. Em média, cada escola federal oferece 1,2 mil vagas, número insuficiente para atender a demanda. Em algumas unidades, a concorrência é tão acirrada para alguns cursos quanto para vestibulares federais. No Estado, são 1,6 mil estudantes matriculados no ensino médio integrado do Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC), que oferece 422 vagas nesse modelo. No último processo seletivo, O curso mais concorrido foi o de Edificações – 15,53 candidatos para cada uma das 32 vagas oferecidas. JÚLIA ANTUNES LORENÇO

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Haddad está sob observação do Planalto

 O Estado de São Paulo, 22/01/2011 - São Paulo SP
Ministro foi convocado para dar explicações à presidente Dilma, que pediu resolução definitiva das pendências da pasta
Lisandra Paraguassu e Tânia Monteiro
Após semanas de problemas no Enem e no Sisu, a presidente Dilma Rousseff convocou o ministro Fernando Haddad. Na tarde de ontem, ele foi ao Palácio do Planalto apresentar à presidente o que estava sendo feito para minimizar os transtornos. "Ela me pediu que fizesse uma apresentação das necessidades do MEC para reforçar o acesso ao ensino superior. Apresentamos um conjunto de demandas", disse. Dilma dedicou grande parte da sexta-feira para acompanhar o desenrolar dos problemas no sistema, assim como as pendências em relação à decisão da Justiça de prorrogar as inscrições. Apesar de estar convencida de que a maior parte dos problemas tem causas técnicas e de defender o Enem, a presidente estava preocupada com o fato de um volume enorme de estudantes estar sendo prejudicado. Haddad fez um relato completo e informou a presidente das demissões que havia promovido. Avisou também que estava cancelando as férias que começaria a gozar neste fim de semana, o que foi considerado "prudente" e "de bom senso".
Haddad disse que suas demandas foram bem recebidas pelo Planalto. Ele disse à presidente que tem problemas na contratação de pessoal técnico com competência para cuidar do sistema, já que os cargos, de salários baixos, não atraem pessoal com experiência. "Precisaríamos ter não contratados permanentes, mas para atuar em situações específicas. Não há nem um modelo jurídico para esse tipo de contrato", explicou. Outra questão levada a Dilma é a transformação do Cespe, o departamento da Universidade de Brasília que faz o Enem, em uma autarquia ou empresa estatal desvinculada da UnB para atender as demandas do governo federal. Mas a forma como as coisas se passaram e a persistência nos problemas do Enem deixaram Dilma contrariada. Ela quer que essas pendências sejam resolvidas definitivamente para que os alunos não enfrentem novos percalços nos próximos exames. Bancado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu sua permanência, Haddad ficou em uma situação delicada com a nova chefe. A avaliação é de que ele está sob observação.

Educação Infantil

Adaptação Educação Infantil. Ilustrações: Guazzelli

Verdades e mitos sobre a adaptação dos pequenos

Na Educação Infantil, todos precisam ser amigos. Criança adaptada não chora. A presença dos pais nos primeiros dias de aula só atrapalha. Frases como essas fazem parte do discurso de muitos professores, mas não passam de velhas crenças sem muito fundamento. Para ajudar você a diferenciar mitos e verdades, preparamos uma reportagem especial sobre os cinco mitos da adaptação. Boa leitura!

fonte: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Eu sou um professor...


Eu sou um professor.
Nasci no primeiro momento em que uma pergunta saltou da boca de uma criança.
Tenho sido muitas pessoas em muitos lugares.
Sou Sócrates, estimulando a juventude de Atenas para descobrir novas idéias usando perguntas.
Sou Anne Sullivan, tamborilando os segredos do universo sobre a mão estendida de Helen Keller.
Sou Darcy Ribeiro, construindo uma universidade, a partir do nada no planalto brasileiro.
Os nomes daqueles que exerceram minha profissão, constituem uma galeria notável para a humanidade: Paulo Freire, Montessori, Emília Ferreiro, Moisés, Jesus.
Eu sou também aqueles nomes e rostos que já foram esquecidos, mas cujas lições e cujo caráter serão sempre lembrados nas realizações dos que educaram.
Já chorei de alegria em casamentos de ex-alunos, ri de felicidade pelo nascimento de seus filhos...
No decorrer de um dia, já fui chamado para ser artista, amigo, enfermeiro, médico, treinador, tive de encontrar objetos perdidos, emprestar dinheiro, substituto de pai e mãe...
Eu sou um paradoxo. Quanto mais escuto, mais alta se faz ouvir a minha voz. Quanto mais estou disposto a receber com simpatia o que vem de meus alunos, mais tenho a oferecer-lhes.
Eu sou um caçador de tesouros, dedicado em tempo integral à procura de novas oportunidades para meus alunos usarem seus talentos e buscando sempre descobrir seu potencial...
Sou o mais afortunado dos trabalhadores.
Um médico pode trazer uma vida ao mundo num só momento mágico. A mim é dado cuidar que a vida renasça a cada dia com novas perguntas, melhores idéias e amizades mais sólidas.
Um arquiteto sabe que se construir com cuidado, sua estrutura pode durar séculos. Um professor sabe que, se construir com amor de verdade sua obra com certeza durará para sempre.
Sou um guerreiro que luta todos os dias contra a pressão de colegas, a negatividade, o medo, o conformismo e a apatia. Mas tenho grandes aliados: a inteligência, a curiosidade, a criatividade, a fé, o amor, o riso.
E assim tenho um passado rico em recordações. Tenho um presente desafiador, cheio de aventuras e alegrias, porque me é dado passar todos meus dias com futuro.
Sou um professor... E agradeço a Deus por isso, todos os dias.
John Schlatter adaptado por Guiomar de Mello

A escola mobilizadora

 Diário Catarinense, 20/01/2011 - Florianópolis SC
Eliezer Pacheco

Tem sido enfatizada a valorização do professor como forma de melhorar a educação brasileira. Isto é correto. Sem educadores motivados, é impossível uma educação de qualidade. Também há a necessidade de escolas bem estruturadas. Entretanto, os principais problemas se originam do lado de fora das instituições educacionais. A escola precisa se ocupar das questões sociais que a atingem. Tais problemas não têm sido tratados como questões concernentes à educação, quando o são. É difícil ocorrer uma aprendizagem adequada com famílias desagregadas, pais com baixa ou nenhuma escolaridade e com a inexistência de ambientes que sejam favoráveis ao estudo.
Os entraves cruciais da educação têm de ser enfrentados com políticas de emprego, salário, etc. Nosso país vem enfrentando estas questões e adotando importantes iniciativas na área educacional, cujos resultados, a médio e longo prazo, acontecerão. Estes, contudo, demandam uma geração para se fazerem sentir. Devem os educadores e a sociedade aguardar as consequências destas iniciativas? Parece-nos que não. As escolas públicas, além da parte pedagógica, deveriam ter uma coordenação de políticas sociais. A comunidade escolar deve ser vista como um todo. As escolas devem compreender a educação dos pais de seus alunos como parte de suas tarefas, encaminhando-os para a alfabetização, escolarização e profissionalização. O debate político entre os educadores foi substituído pelo debate sindical, importante para a categoria, mas insuficiente para responder aos desafios da educação. A escola é a instituição pública de maior capilaridade em todo o país e, portanto, a que tem melhores condições de articular uma grande mobilização nacional em defesa do conhecimento e da emancipação.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Começa nesta terça-feira inscrição de livros didáticos para 2013

Correio Braziliense, 17/01/2011 - Brasília DF

Ascom FNDE
Começa nesta terça-feira (18/1) o prazo para que editores possam pré-inscrever obras e coleções didáticas a serem utilizadas pelos estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental público a partir de 2013. Nesse ano, serão distribuídos aos estudantes do 1° ao 5° ano livros de português, matemática, ciências, história e geografia. As escolas também vão receber manuais do professor para auxiliar nas tarefas em sala de aula. No total, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelo Programa Nacional do Livro Didático junto com a Secretaria de Educação Básica, prevê a aquisição de 115 milhões de exemplares para 2013, aí incluídos os livros de reposição do 6° ao 9° ano e do ensino médio. A pré-inscrição segue até 18 de março. A entrega das obras para avaliação será de 28 de março a 1° de abril. Os títulos aprovados comporão um guia do livro didático, que traz o resumo das obras para que professores e diretores possam escolher as mais adequadas ao projeto pedagógico de cada escola. Os editores interessados em participar da seleção devem se cadastrar e pré-inscrever as obras no Sistema de Material Didático (Simad), disponível no sítio do FNDE na Internet.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Semear

Rubem Alves!

Plano Nacional de Educação e Lei de Responsabilidade Educacional ganham a pauta em 2011

Conheça os projetos e medidas que estão em foco na Educação Básica neste ano

 
Plano Nacional de Educação e Lei de Responsabilidade Educacional ganham a pauta em 2011
 
Reprodução/SXC
Simone Harnik
Da Redação do Todos Pela Educação


O ano de 2011 mal começou e a agenda da Educação Básica do Brasil já vem carregada de temas quentes. Talvez, o mais importante deles seja a aprovação no Congresso do Plano Nacional de Educação (PNE) 2011 -2020. O plano nada mais é do que o guia para todas as políticas públicas de Educação no País para esta década.
Estão em pauta também assuntos como a criação de uma Lei de Responsabilidade Educacional, de uma avaliação para medir a qualidade da alfabetização das crianças de 8 anos, de provas seletivas para docentes, entre outros.
Conheça alguns dos temas da Educação de 2011:

Plano Nacional de Educação
O plano foi enviado ao Congresso no fim do ano passado e aguarda aprovação dos parlamentares.
Ele tem dez diretrizes e 20 metas para a Educação, subdivididas em estratégias.
Na Câmara, o PNE recebeu o nome de Projeto de Lei (PL) 8035/10, de autoria do Poder Executivo. A deputada Fátima Bezerra (PT-RN), será a relatora na Comissão de Educação e Cultura (CEC) e deverá emitir um parecer (um documento com suas opiniões sobre o projeto).
A Câmara está em recesso até o dia 1º de fevereiro, por isso a matéria não começou a ser debatida. Deputados que queiram propor emendas poderão fazer isso a partir do dia 2 de fevereiro.
A relatora vai fazer sua análise, o projeto passará por votação na CEC e depois será analisado nas Comissões de Finanças e Tributação (CFT), para análise da adequação financeira e orçamentária; e de Constituição e Justiça (CCJC), para exame dos aspectos constitucionais. Ele não precisa ir ao plenário, a menos que algum parlamentar apresente recurso para isso.
Depois disso, a matéria será enviada para a análise dos senadores. Existe a expectativa de que o projeto seja debatido e aprovado na Câmara e no Senado até o meio do ano.

Lei de Responsabilidade Educacional
O ministro da Educação, Fernando Haddad, enviou ao Congresso Nacional, no fim do ano passado, um projeto de lei que pretende criar o conceito de "responsabilidade educacional". A intenção do ministério é alterar a Lei de Ação Civil Pública para que o Ministério Público possa fiscalizar os responsáveis pela gestão da Educação na União, nos estados e nos municípios.
A mudança, segundo o ministro, vai permitir que os gestores sejam cobrados por ações previstas em lei. Por exemplo, se o Plano Nacional de Educação 2011-2020 for aprovado como está, os gestores municipais e estaduais que não elaborarem planos de Educação ou que não universalizarem o Ensino Fundamental, podem ser acionados pelo Ministério Público e, então, punidos.
O projeto será analisado, inicialmente, pela Comissão de Educação e Cultura e pela Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara. O texto do projeto pode ser acessado aqui

Prova para avaliar a alfabetização aos 8 anos
O Todos Pela Educação e os parceiros Instituto Paulo Montenegro e Fundação Cesgranrio estão trabalhando na aplicação de um exame que possa medir a qualidade da alfabetização das crianças no 3º ano, ou seja, aos 8 anos de idade. Todo o processo vem ocorrendo com a participação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio (Inep), órgão do MEC.
O exame deverá ser aplicado no início deste ano e terá 40 questões objetivas de português e de matemática e mais redações – todas adaptadas para estudantes que concluíram o 3º ano.

Duas edições do Enem
O ministro da Educação, Fernando Haddad, já anunciou que pretende realizar duas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2011. Ele deve se reunir com as empresas contratadas para realizar o exame, a fim de estudar a viabilidade.
O consórcio formado pela Fundação Cesgranrio e pelo Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe), mais a gráfica RR Donnelley e os Correios deverão debater com Haddad a aplicação das duas edições. A ideia inicial de Haddad é realizar um Enem no primeiro semestre e outro no segundo.

Prova nacional para professores
Haddad informou que divulgará, ainda no início do ano, uma matriz de conteúdos para a prova nacional de concurso à carreira docente. O exame, segundo ele, faz parte das propostas da presidente Dilma Rousseff para a valorização do magistério.
O documento a ser publicado é resultado de um trabalho de mais de dois anos, informa Haddad. Equipes estudaram a formação e a seleção de professores em oito países. A prova nacional deverá sinalizar o que se espera de um bom professor.

Fórum Nacional de Educação
Uma portaria publicada no fim de 2010 instituiu o Fórum Nacional de Educação (FNE). A entidade tem caráter permanente e passará a ser responsável por convocar, planejar e coordenar as conferências de Educação, previstas no novo PNE 2011-2020.
Se o PNE for aprovado como está, até 2020 o Brasil terá, no mínimo, duas conferências nacionais. O objetivo dessas reuniões é avaliar e monitorar as políticas públicas educacionais. Além disso, é nas conferências que são dadas as bases para os próximos planos de Educação.
O fórum ainda terá a função de acompanhar os projetos de Educação que tramitam no Congresso Nacional. Representantes do MEC, de entidades da Educação, estudantes, trabalhadores, movimentos sociais, organizações sindicais, empresariais e a comunidade científica devem compor o novo órgão. O FNE deverá ter duas reuniões anuais, de preferência, no primeiro mês de cada semestre (janeiro e julho).

País tem 200 professores sem diploma

O Estado de São Paulo, 14/01/2011 - São Paulo SP
O novo Censo da Educação Superior revelou que existem no País 201 professores de cursos superiores que não são formados em cursos superiores. E muitos deles foram contratados recentemente. Em 2008, os professores universitários sem diploma eram "apenas" 97. No Estado de São Paulo estão 34 dos docentes não formados, sendo que 22 deles atuam em faculdades particulares. Mas há registro de sete professores sem diploma em universidades estaduais. Procuradas, as três universidades estaduais - de São Paulo (USP), de Campinas  (Unicamp) e Estadual de São Paulo (Unesp) - negaram que tenham em seus quadros professores sem diploma superior. A quantidade de professores com doutorado, porém, cresceu. Em 2009 eles eram quase 93 mil, 25% do contingente. Em 2008, eles eram 23%.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Com Orgulho!

Sou uma professora sim , desculpa não ter respondido antes. Mas hoje te conto quase tudo.

Professora, que na infância ja teve como brincadeira preferida , escolarizar todos os ursos e bonecas que não eram poucos, que iniciou carreira muito jovem e antes da idade permitida, na época , substituta de uma mestra que também a gerou. E é responsável por parte da paixão que pulsa aqui.

E nesta caminhada , lá se vão 21 anos , de uma profissão que eu ainda amo muito e acredito . Muitos foram os espaços ocupados, desde o berçário da educação infantil, o ensino fundamental, ensino médio, tutoria na graduação de um projeto, na época inovador de educação a distância, ministrar disciplinas em curso de pós graduação e que durou oito anos, uma fantástica experiência de gestão. O retorno ao chão da sala, instruções de auto escola, Assessoria Educacional e Administrativa, nada se  compara  ao espaço da educação Infantil que me faz agora  compreender  sua exata  dimensão, me traz a certeza de amar incondicionalmente  o que  faço e fazer com comprometimento e seriedade ciente da responsabilidade sagrada do meu fazer.
 
 Enfim, passos de uma trajetória onde cada dia é avaliado e procura um fazer embasado na teoria transposta a prática. Tenho dentro de mim a impetuosidade de inovar , fazer sempre , mais e melhor.

O maior orgulho do que faço e além de todas as lamentações da classe, algumas pertinentes , outras nem tanto, posso dizer que nenhuma profissão me daria maior realização do que esta . É mágico saber , que indistintamente, os que tiveram o acesso a escola, passaram pelas mãos de um Educador.E se a gente para um pouco pra pensar, tem a certeza absoluta de que fica sim, em cada um, um pouco de bom ou ruim que a Escola nos fez. Tendo como determinante "absoluto" a figura do PROFESSOR.
Cátia Regina Marangoni Geremias

Gostaria muito de saber  um pouco das  coisas  que  vocês  fazem e sentem....

11 decisões para melhorar a qualidade da gestão da sua sala de aula e a relação com os alunos

Como professores, sabemos bem que gerir a disciplina e os comportamentos dos alunos na sala de aula é uma tarefa difícil de alcançar. Por vezes, no calor do momento, nem sempre controlamos os nossos impulsos ou tentações, esquecendo aquelas mais elementares regras que evitam o conflito e reforçam as sãs relações interpessoais.

Existem alguns princípios básicos que devemos evitar esquecer e que nos podem ajudar a desenvolver uma relação mais empática com os alunos. Tendo isso em conta, neste início de ano civil 2011, sugerimos 11 decisões que o professor deve tomar, de modo a melhorar a qualidade da gestão da sua sala de aula e a relação que estabelece com os alunos:

1. Elogie o mais possível

Difícil de cumprir quando o comportamento do aluno não é exemplar. Mas, mesmo assim, examine os aspectos positivos. Um simples “Obrigado por teres trazido o teu livro”, pode mudar a atitude do aluno e até mesmo influenciar o colega do lado. Mesmo que tenha um grupo de alunos “difíceis” (onde por vezes tecer um elogio não é das primeiras coisas que nos vem à cabeça), de certeza que irá encontrar algo para elogiá-los e destacar aspectos positivos, permitindo assim avivar o seu próprio estado de espírito e claro… a do seus alunos.

2. Memorize o nome dos seus alunos e mostre entusiasmo por vê-los

Se designa um lugar específico para cada um dos seus alunos, a tarefa torna-se ainda mais fácil. O uso cuidadoso dos nomes demonstra mais cortesia da sua parte e ajuda a melhorar o relacionamento com a turma.

3. Faça observações factuais e não acusações

Dizer: “Chegaste atrasado” é uma acusação (como se sentiria se alguém lhe dissesse o mesmo?). Em vez disso, diga antes “A aula começou às 9:00 em ponto e neste momento são 09:15”. Dê espaço para um diálogo que talvez traga informações importantes. O aluno sentir-se-á mais à vontade para explicar o motivo pelo qual chegou atrasado.

4. Dê espaço e tempo ao aluno para responder

É importante que os seus alunos tenham tempo suficiente para responder às suas perguntas. Da mesma forma, caso tenha pedido ao aluno para efectuar um trabalho (mesmo suspeitando que não o fará), dê-lhe um pouco mais de tempo e diga que vai verificar mais tarde. Isso evita estar parado em frente ao aluno, esperando que o mesmo obedeça ao seu pedido.

5. Não deixe o aluno numa situação incómoda

Certifique-se que o aluno tem uma saída estratégica para qualquer situação. Dê-lhe tempo suficiente para pensar e dar a resposta adequada. Por exemplo: evite situações em que efectua uma pergunta e se coloca parado ao lado do aluno aguardando uma resposta. Este cenário pode levar o aluno a sentir-se intimidado e, consequentemente, tornar-se agressivo ou conflituoso perante a sua atitude. Evite estes confrontos e faça com que o aluno se sinta à vontade para responder.

6. Ofereça escolhas, alternativas e não ultimatos

Muito semelhante ao caso descrito anteriormente. Ofereça sempre uma alternativa ao aluno (com opções positivas, claro). Por isso, evite situações do género “Ou trabalhas ou sais da sala de aula”, quando na realidade não pretende que o aluno saia da aula, mas sim que fique e aprenda. Esse tipo de situações pode ser interpretado de duas formas: 1) se não avançar com a ameaça, demonstra não saber impor-se perante os seus alunos; 2) caso avance, talvez esteja a exagerar por um incidente sem muita relevância.

7. Tenha sempre uma planta da sala de aula

Mesmo que tenha apenas uma turma ao longo de todo o ano, tenha sempre disponível uma planta com a distribuição dos alunos na sala. Isto vai ajudá-lo a manter o controlo da aula e gera a ideia de ordem e disciplina na sala de aula.

8. Pense na perspectiva do aluno

Não pense que a sua aula é a única coisa no qual os seus alunos se preocupam. Mude de actividades caso note que já estão a ficar saturados com a matéria que está a ser dada. Fale com eles, pergunte-lhes como está a decorrer o dia. Contenha-se e reflicta antes de puni-los. Se demonstrar respeito e cortesia…receberá o mesmo em retorno.

9. Não presuma que o aluno está distraído por estar a rabiscar

Por vezes, mesmo os melhores alunos rabiscam nos cadernos como uma forma de se concentrarem quando estão a analisar algo. Se detectar situações destas, não os interrompa bruscamente pensando que a sua concentração está em todo o lado, menos na aula. Verifique os seus hábitos de trabalho. Até pode ser que já tenham terminado o trabalho que pediu e estejam apenas a reflectir.

10. Não use questões de retórica

Caso se sinta tentado a fazê-lo…não o faça. Pense um pouco. “O que achas que estás a fazer?” Uma pergunta um pouco sarcástica que poderá receber respostas com o mesmo tom. Do mesmo modo, evite outras perguntas, tais como “Quem pensas que sou?”, “O que disseste?” e muitas outras que fazem parte da mesma categoria. Uma pergunta bem pensada é muito mais convincente e menos condescendente.

11. Esta é a SUA decisão...
Acrescente às 10 anteriores uma outra que considere fundamental para uma boa gestão da sala de aula.

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Este texto foi traduzido e adaptado de um original em inglês criado por Marcella McCarthy (Prof. de Inglês em Oxford, Reino Unido), disponível na comunidade Promethean Planet
Se desejar, pode sugerir ainda outros princípios que considere importantes para o desempenho da docência e da gestão da sala de aula, deixando um comentário a este texto.

Troque idéias!

Como está de fato a educação?

Eu sempre digo: “As últimas crianças bobas, inocentes e puras nasceram em 1968”. A frase está sempre relacionado ao tema de que as crianças, desde então, são mais espertas, mais  traquinas, mais antenadas, mais falantes, mais tudo. Estas crianças nas escolas dão mais trabalho do que as crianças do ano que nasci. E, esta realidade nos provoca. Provoca a ponto de questionar certos valores.
Muito se critica a situação da educação no Brasil. As primeira criticas que lembro, eram referentes aos salários dos professores. E, até me lembro da primeira greve que ocorreu. Lembro também, que quando voltamos para casa e avisamos que não haveria aulas, a escola foi cercada pelos pais exigindo explicações dos professores. O professores ficaram em situação complicada. Pois, os pais naquela época não aceitaram a manobra. Para eles, os professores não poderiam prejudicar as crianças em busca de um salário melhor.

Piso Salarial

Pois bem! Atualmente, talvez ainda que defasado, o salário dos professores melhorou muito. Já existe um piso salarial para a categoria.  Assim sou informado sobre isto (Portal do MEC):
Em 16 de julho de 2008 foi sancionada a Lei n° 11.738, que instituiu o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, regulamentando disposição constitucional (alínea ‘e’ do inciso III do caput do artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias).
Decisão liminar do STF altera alguns pontos da lei do piso.
Confira a lei sobre o Piso Nacional do Professor
Ou seja, o governo tem tomado providências para que a educação não seja criticada. Não, se o caso for este, ou seja, a remuneração dos professores.

Condição das escolas

Por muitos anos se criticou as escolas do governo: Federal, Estadual e Municipal pelas condições físicas das escolas. Porém, nos últimos anos, tem se gastado muito em melhorias físicas das escolas. Fizeram muitos investimentos na infra-estrutura das escolas. Tem se instalado quadras de esportes, comprado materiais esportivos, e várias escolas tem um orçamento para ser administrado. É tanto, que no ano de 2009, a escola onde um dos meus filhos estuda contribuiu conosco na compra dos medicamentos. Segundo a direção da escola, o dinheiro foi economizado e estava sendo doado sem comprometer o dito orçamento, e também, a doação fazia parte do trabalho social e do planejamento orçamentário.

Aparato tecnológico

Outra critica, e ou melhor, os pedidos que se fazem atualmente, é o investimento em equipamento e a evolução das escolas no quesito tecnologia. O fato é que, milhares de escolas tem salas com pelo menos dez computadores. As escolas tem sala de multimídia. Tem acesso a internet banda larga. Etc.Neste caso, sou testemunha de que pelo menos metade das escolas em Irecê (Federal, Estadual e Municipal) tem vários computadores para os professores usarem e também para os alunos usarem. Isto é fato!

Capacitação dos professores.

O município de Irecê gasta parte dos seus recursos em diversos e constantes cursos, seminários, continuidade, treinamento dos professores. O aperfeiçoamento é constante e pelo menos quatro vezes ao ano, os professores estão reunidos em suas secretárias, em suas regiões compartilhando e recebendo treinamento.
Segundo o site do INEP, estes foram os percentuais destinados a educação desde o ano 2000 até 2007.
investimento-educacao
Não obstante, ainda se ouve, ainda se lê, ainda se ver pessoas, especialistas, ONG, seja lá quem for, dizendo que a situação da educação é ruim, que a educação sofre cortes, que não se valoriza os professores, que as escolas estão caindo, etc. e tal.

Conclusão:

Pois bem para finalizar, eis mais dois itens apenas:
1 – Mais informações sobre os investimentos na educação: Percentual do Investimento Total em relação ao PIB por Dependência Administrativa; (Já existem dados sobre 2008, 2009 e 2010 no site.)
2 – Imagem de uma escola, do professor e dos alunos de uma sala de aula aqui do Nordeste. Esta foto, eu a tirei em 21 de novembro de 2007.
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O Brasil é gigante por natureza! Não podemos pensar que a realidade de uma região é igual a todo o conjunto, nem se pode criticar o todo por causa de uma realidade. O certo, o real, é que, como se divulga, parece que é o todo, é a realidade da educação, quando de fato, existem realidades diferentes, distintas, equidistantes e sobretudo ocultas sobre a educação, a saúde, a segurança e a infraestrutura do Brasil. E, eu acho muito bonito as propagandas que passam na TV. Todas elas. Mas, “É que a televisão Me deixou burro Muito burro demais”
O que é verdade, o que é mentira, o que é fato, o que é irreal? Porque existem tantas criticas, se já fizeram tanto? Será que não era nada disso? Porque quando eu estudei nas escolas do governo os meus professores conseguiram me ensinar, e eu conseguir aprender, e hoje, é muito mais difícil?
Ah! Deve ser por causa da televisão!

Escrito por: Adão Braga

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Mandela

Escrito por Por Redação Agência Câmara

  
Qui, 16 de Dezembro de 2010 00:00
A Comissão de Educação e Cultura aprovou nesta quarta-feira (15) o substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 3776/08, do Executivo, que muda a regra do reajuste do piso salarial nacional dos professores da educação básica da rede pública –atualmente de R$ 1.024 para 40 horas semanais.

O texto aprovado mantém o reajuste do piso atrelado à variação do valor mínimo por aluno no fundo da educação básica (FundebO Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) é formado por recursos estaduais, municipais e federais e destina-se a promover a educação infantil, o ensino fundamental e médio, inclusive a educação de jovens e adultos. Os recursos do Fundeb, que tem vigência até 2020, são distribuídos de acordo com o número de alunos da educação básica, com base em dados do censo escolar do ano anterior. Pelo menos 60% dos recursos do fundo são usados no pagamento dos salários dos professores.) e acrescenta que o reajuste não poderá ser inferior à inflação, conforme a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPCMede a variação de preços da cesta de consumo das famílias de baixa renda, com salário de um a seis mínimos, entre os dias 1º e 30 do mês de referência. Abrange nove regiões metropolitanas do País (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Porto Alegre e Curitiba), além do município de Goiânia e de Brasília. O índice é calculado pelo IBGE desde 1979 e é muito utilizado como parâmetro para reajustar salários em negociações trabalhistas.) nos 12 meses anteriores. O reajuste deixa de ser feito em janeiro e passa para maio.

A proposta do governo, que era a atualização do piso apenas pelo INPC (reajuste pela inflação, sem aumento real), foi rejeitada. O argumento do governo foi que o critério atual (parcialmente mantido pelo Senado) pode “acarretar uma elevação contínua” dos salários dos professores e prejudicar “o financiamento de outros itens importantes para a melhoria da educação básica pública, como manutenção e melhoria das instalações físicas das escolas, aquisição de material de ensino, universalização do uso da informática e o próprio aperfeiçoamento profissional dos professores”.

Detalhamento
Atualmente, a lei diz que o piso será atualizado no mês de janeiro no mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno no Fundeb.

O governo propôs a mudança para o reajuste pela variação do INPC no ano anterior, mantendo o aumento em janeiro.

Essa regra foi aprovada inicialmente pela Câmara, mas o Senado alterou o texto. Em razão da mudança, a proposta voltou para a Câmara, que dará a palavra final. Conforme essa nova versão, o piso será atualizado anualmente, no mês de maio, com base no percentual do valor por aluno no Fundeb apurado nos dois anos anteriores. Esse índice não poderá ser inferior à variação do INPC.

O relator da proposta na Comissão de Educação, deputado Carlos Abicalil (PT-MT), disse que as alterações feitas pelo Senado aperfeiçoam o mecanismo de reajuste. Ele explica que a mudança do mês de reajuste para maio é necessária pelo fato de que o valor por aluno no Fundeb, em determinado ano, só é consolidado em abril do ano seguinte. Antes disso, o governo trabalha com estimativa.

Tramitação

O projeto tramita em regime de urgência urgentíssimaRegime de tramitação que permite incluir proposta na Ordem do Dia para discussão e votação imediata. Esse regime precisa ser proposto pela maioria absoluta dos deputados (257) ou por líderes que representem esse número. O pedido de urgência urgentíssima precisa ainda ser aprovado por 257 deputados. Esse regime dispensa parecer aprovado em comissão – o parecer pode ser dado oralmente pelo relator, no plenário. e está sendo analisado simultaneamente pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. A qualquer momento, poderá ser incluído na pauta do plenário.
Da Redação/WS
(Envolverde/Agência Câmara)

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