sábado, 22 de fevereiro de 2020

O chão da educação infantil

Já estou completando um mês de retorno ao chão de uma sala de referência na educação infantil.  Ao chão da areia,  ao chão do parque,  ao chão da varanda onde se pula muita corda, se brinca se dança, se aprende  a  viver, compartilhar,  respeitar. Estou vivendo personagens,  dançando,  cantando como nunca e contando  e ouvindo lindas histórias. 
A magia da educação infantil faz da gente mais gente,  mais leve,  mais feliz.
 Estou voltando pra um lugar que me reconheço,  me alimento e me emergizo.
Se eu estou feliz? Repare no meu sorriso,  no brilho dos meus olhos.
Na vitalidade dos meus dias.
Apenas reparem!


As crianças são autênticas e verdadeiras,  ou elas gostam ou elas não gostam e são capazes de chorar pelo que querem e não guardam rancor,  no momento seguinte a uma desavença,  são amigos  de novo e brincam lindamente juntas.
Elas nos ensinam tanto!
Esta volta ao chão da sala é importante é grandiosa,  faz a gente entender de fato todas as possibilidades que temos de fazer educação.
Quanta riqueza de materiais,  de tempo,  de possibilidades,  de formação. Eu literalmente brigo com quem diz que na educação está tudo igual.

Eu estou reafirmando o que venho acreditando nestes trinta anos de educação. O que tenho  comungado e compartilhado.   As crianças precisam de oportunidades,  desafios,  encantamento,  amor e limites.
E pasmem, apenas estão nascendo em um momento histórico diferentes mas são exatamente as mesmas que corriam me encontrar lá no Ribeirão Garganta,  na Pitangueira, na Adolfo Hedel , na Arthur Bruno Jandt.
Crianças deste tempo,  com potencialidades e fragilidades e nós como mediadores mais experientes e preparados temos a obrigação de compreender e harmonizar as situações para garantir uma infância que deixe lembranças doces.
Doces,  como a que ouvi de uma aluna que hoje é minha colega de trabalho e que lembra do tempo do "jardim" onde nos cantávamos e ouvíamos histórias... Não me ressaltou nenhum projeto ou tema da época,  mas lembra do que marcou as emoções.
Sabe quem realmente mudou e aprendeu e compreendeu a intencionalidade de tudo que oferece a eles?  Fui EU! Professora, como sempre me identifiquei,  que sou grata é que não seria a mesma,  não tivesse vivido três décadas fazendo educação em vários locais e remando em muitas posições diferentes. 
Eu agradeço a Deus a profissão que escolhi.   Tenho muito orgulho,  daquele orgulho bom de dizer,  sou PROFESSORA e tenho a dimensão da grandiosidade dos desafios da minha MISSÃO, do quanto eu sei que posso fazer diferença no mundo e na vida das pessoas através dela e somando forças com toda a comunidade escolar. 

Em 2020 eu lhes apresento meus companheiros de todos os dias,  pré I Matutino do CEI Hanna MISFELD. 
Vamos fazer experiências incríveis e teremoss  aprendizado e alegrias todos os dias.

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