domingo, 4 de novembro de 2018

Para testar conhecimentos sobre a LDB

https://segredosdeconcurso.com.br/ldb-atualizada-e-resumida/

Mídias Eletrônicas

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=12328-comunicacaoeusodemidias-pdf&Itemid=30192


Como veremos, a seguir, a comunicação tem hoje um papel fundamental na vida de todo ser humano. Na chamada sociedade da informação (ou pós-industrial), a TV, o rádio, o jornal, a revista e a internet têm um papel intenso, sobretudo, na vida do jovem. A informação, por exemplo, deixou de ser adquirida, desde o advento do rádio, somente pelos livros ou com o professor na sala de aula. Passa, hoje, por uma teia complexa e abrangente de veículos de comunicação e, consequentemente, filtros e mediações. O escritor e intelectual italiano Umberto Eco chegou a denominar a época que vivemos como “Idade Mídia”, pois, ao contrário das sombras da Idade Média, quando o conhecimento ficou restrito à vida monástica, nossa época tem tanta informação que o “excesso de luz” pode também nos deixar longe da compreensão de tudo que chega até nós. A internet e seu desenvolvimento aprofundaram, mas também abriram possibilidades sobre esse cenário. O surgimento da rede mundial de computadores, não só aumentou a quantidade de informação disponível, como abriu um caminho, até então, de difícil acesso à maior parcela da população: a produção de comunicação. É, justamente, essa a grande virada das mídias, que começou com a internet e seguirá com a televisão digital, e que abre uma crise ou uma oportunidade na sociedade: nunca foi tão fácil produzir comunicação. Texto, imagem e vídeo são facilmente criados (até por meio do telefone celular) e também veiculados. Desde o e-mail, chegando ao blog, há uma oportunidade potencial de publicação de conteúdos interessantes, mas de bobagens também. O Comitê Gestor da internet estimou, recentemente, que um blog nasce a cada 15 segundos, na sua maioria criado por jovens. Outros tantos acabam, provavelmente, por não acharem seu lugar em um espaço virtual tão congestionado de informação.

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Teoria da Atividade Vygotsky , Leontiev e Davydov

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Na concepção histórico-cultural, a atividade é um conceito-chave, explicativo do processo de mediação. A atividade mediatiza a relação entre o homem e a realidade objetiva.

 O homem não reage mecanicamente aos estímulos do meio, ao contrário, pela sua atividade, põe-se em contato com os objetos e fenômenos do mundo circundante, atua sobre eles e transforma-os, transformando também a si mesmo. Centrada na categoria teórica da atividade, a teoria histórico-cultural da atividade (ou teoria da atividade) surgiu como desdobramento da concepção histórico-cultural e foi desenvolvida por Leontiev (1903-1979) e depois por seus seguidores. Leontiev investigou a atividade a fim de demonstrar que o desenvolvimento psíquico humano encontra sua expressão na atividade psíquica como forma peculiar de atividade humana, “como um produto e um derivado da vida material, da vida externa, que se transforma em atividade da consciência” (Leontiev apud GOLDER, 2002, p. 52). No cerne da teoria da atividade está a concepção marxista da natureza históricosocial do ser humano explicada nas seguintes premissas: 1) a atividade representa a ação humana que mediatiza a relação entre o homem, sujeito da atividade, e os objetos da realidade, dando a configuração da natureza humana; 2) o desenvolvimento da atividade psíquica, isto é, dos processos psicológicos superiores, tem sua origem nas relações sociais do indivíduo em seu contexto social e cultural.

Davydov (1930-1988) incorporou conceitos de Vygotsky, Leontiev e Elkonin para formular uma teoria do ensino: a teoria do ensino desenvolvimental. Para ele, a tarefa da escola contemporânea consiste em ensinar os alunos a orientarem-se independentemente na informação científica e em qualquer outra, ensiná-los a pensar, mediante um ensino que impulsione o desenvolvimento mental. (DAVÍDOV, 1988, p.3). Em sua obra conceitos como cultura, significados, linguagem, relações humanas, interação, mediação, contexto sociocultural, entre outros, ganham ainda mais relevância e implicam em importantes desdobramentos teóricos e práticos para a educação escolar, particularmente para a didática (DAVYDOV, 1978; 1987; 1988; 1999; 2000).


O ensino desenvolvimental, tal como propôs Davídov, mantém a premissa básica da teoria histórico-cultural segundo a qual a educação e o ensino são formas universais e necessárias do desenvolvimento humano, em cujo processo estão interligados os fatores socioculturais e a atividade interna dos indivíduos. Mas este pesquisador ampliou consideravelmente essa premissa ao aprofundar a caracterização e a compreensão da atividade de aprendizagem com base na teoria da atividade de Leontiev. Seguindo a proposição de seus antecessores de que a atividade dominante em crianças em idade escolar é a aprendizagem escolar, firmou o entendimento de que o conteúdo da atividade de aprendizagem é o conhecimento teórico-científico e, portanto, a base do ensino desenvolvimental é seu conteúdo, de onde se derivam os métodos de ensino. Todavia, não se trata da mera transmissão de conteúdos, do ensino verbalista já rejeitado por Vygotsky, mas de ensinar aos estudantes as competências e habilidades de aprender por si mesmos. Foi precisamente para contrapor a um ensino baseado na lógica formal que Davídov propôs como tarefa da escola, em todos os seus níveis, a formação do pensamento teóricocientífico conforme a lógica dialética. Dentre as várias contribuições da teorização de Davídov são destacadas três.3 
 1) Integração entre os conteúdos científicos e o desenvolvimento dos processos de pensamento. Davídov oferece uma sólida proposta para o ensino no mundo contemporâneo ao afirmar que o conteúdo da atividade escolar é o conhecimento teórico-científico e as capacidades e habilidades que lhes correspondem. A base do ensino desenvolvimental é o seu conteúdo, dos quais derivam os métodos e a organização do ensino. 2) Necessária correspondência entre a análise de conteúdo e os motivos dos alunos no processo de ensino e de aprendizagem. A análise do conteúdo consiste em verificar a espinha dorsal de conceitos a partir de um conceito-chave, de tal modo que o professor possa extrair uma estrutura de tarefas de aprendizagem compatíveis com os motivos do aluno. Como ressalta Chaiklin (2003) a associação entre o assunto a ser aprendido e os motivos do aluno que aprende constitui o coração do ensino desenvolvimental. Esta é uma fertilidade desta teoria em face da complexidade e das diversidades do mundo contemporâneo que cada vez mais afetam as subjetividades e os motivos dos alunos para a aprendizagem. 
 3) Fundamentação teórica dos professores no conteúdo da disciplina e também na sua didática. Esta premissa refere-se a um aspecto específico da formação de professores, o imprescindível domínio teórico específico da matéria de ensino4 aliado ao também imprescindível domínio das instrumentadalidades, capacidades e habilidades específicas, meios e técnicas da atividade de ensinar. 

Fonte: http://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe4/individuais-coautorais/eixo03/Jose%20Carlos%20Libaneo%20e%20Raquel%20A.%20M.%20da%20M.%20Freitas%20-%20Texto.pdf



  

TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICANTE DE ROGERS


 Loren Vaz


Carl Rogers -  Doutor em Psicologia Educacional pela Teachers College da Universidade de Columbia, Nova York.
Rogers utilizava em sua teoria uma abordagem humanística, sendo esta cognitiva, afetiva e psicomotora. Ele preferia chamar sua pesquisa de Princípios de Aprendizagem ao invés de Teoria,como geralmente são chamadas pesquisas com este foco.

PSICOLOGIA ROGERIANA
Apesar de ser especializado em educação, Rogers trabalhava como psicanalista. Não costumava chamar seus pacientes por este nome, mas sim por clientes. Assim, dando uma sensação de igualdade aos mesmo. Seu trabalho como terapeuta, guiava os seus clientes a compreensão de si mesmo e afirmava que o meio influenciava a vida de todos. Bem como, ressaltava a propensão do homem para crescer em uma direção que engradeça sua existência, ou seja, a autorrealização.
Os princípios de Rogers eram fenomenológicos, isto é, para entender o comportamento de um indivíduo, é importante entender como ele percebe a realidade. O campo perceptual do indivíduo é a sua realidade.
Apesar de seu trabalho ser como terapeuta, Rogers procurava sempre se voltar para o contexto escolar, pois ele afirmava que seu trabalho lhe trazia experiência de relação com as pessoas, a aprendizagem é centrada no aluno e na sua potencialidade para aprender.      

APRENDIZAGEM SEGUNDO ROGERS                        
1 - Seres humanos têm uma potencialidade natural para aprender - As pessoas são curiosas naturalmente, o ser humano está sempre atrás de saber mais e mais.
2 - Aprendizagem Significante ocorre quando a matéria de ensino é percebida pelo aluno relevante para seus próprios objetivos -  a matéria ensinada deve ter algum significado para o aluno, ou seja, deve fazer sentido para a vida dele.
3 - A Aprendizagem que envolve mudança na organização do eu, na percepção de si mesmo, é ameaçadora e tende a suscitar resistência - a mudança de percepção do ser humano, a maioria das vezes é difícil de ser assimilada, pois mudar um conceito já conhecido e em que se acredita é uma atitude nem sempre bem recebida.
4 - As Aprendizagens que ameaçam o eu são mais facilmente percebidas e assimiladas quando as ameaças externas se reduzem ao mínimo - quando o aluno se sente à vontade para aprender um tema novo sem fortes cobranças, por exemplo, a matéria é aceita com mais facilidade.
5 - Quando a ameaça é pequena ao eu, pode-se perceber a experiência de maneira diferenciada e a aprendizagem pode seguir - a consciência do aluno ao perceber que pode errar até que aprenda, faz com que este reconheça onde errou e tente novamente.
6 - Grande parte da Aprendizagem Significante é adquirida por meio de atos -  para que a aprendizagem seja realizada, é preciso ter um significado e  para isso é preciso ser feito.
7 - Aprendizagem é facilitada quando o aluno participa responsavelmente do processo de aprendizagem -  a autonomia do aluno na própria aprendizagem, é um ato mais significativo para o mesmo, ao comparar com algo onde ele não passa de um mero ouvinte.
8 - A Aprendizagem auto-iniciada que envolva a pessoa do aprendiz como um todo, sentimentos e intelecto, é mais duradoura e abrangente - uma aprendizagem científica, por exemplo, não pode ser composta somente anotações, leitura e materiais, mas precisa sim ter um significado para quem a aprende.

9 - A independência, a criatividade e a autoconfiança são todas facilitadas quando a autocrítica e a auto avaliação são básicas, e a avaliação feita por outros é secundária - ser o seu próprio crítico faz com que a opinião externa seja mais bem aceita. a autonomia é um dos pontos mais importante.
10 - A Aprendizagem socialmente mais útil, no mundo moderno, é a do próprio processo de aprender, uma contínua abertura à experiência e à incorporação, dentro de si mesmo, do processo de mudança - um educador deve saber que o conhecimento prévio nunca deve ser descartado e o que o aluno aprende depois deve completar o que este já sabia previamente.


O ENSINO ATUAL NA PERSPECTIVA DE ROGERS
O ensino atual é negativo aos princípios de Rogers. Pois, ao se preparar uma aula as questões como "O que ensinar" ou o que abrange o curso" não são utilizados. As aulas da maioria das escolas de hoje, são ´preparadas de forma rígida e imutável. Porém a sociedade atual se caracteriza pela dinamicidade e pelas mudanças.
Rogers afirma que o homem educado aprendeu a aprender. A facilitação da aprendizagem não é, no entanto, sinônimo de ensino no sentido usual. Pois as atitudes que caracterizam um facilitador da aprendizagem são a autenticidade, o prezar, o aceitar, o confiar e a compreensão em prática.
     

A teoria de ensino de Bruner





“É possível ensinar qualquer assunto, de uma maneira intelectualmente honesta, a qualquer criança em qualquer estágio de desenvolvimento"(BRUNER, 1969, pág. 73, 76)

A teoria 

A teoria de Bruner aborda uma participação ativa do estudante no processo de ensino/aprendizagem, ou seja a "aprendizagem por descoberta". Sua teoria prioriza a exploração de alternativas e o currículo em espiral. Para explorar alternativas é necessário ter um ambiente favorável ou conteúdos que permitam alternativas para que o estudante possa alcançar relações e estabelecer similaridades entre as ideias apresentadas. Dessa forma, segundo Bruner é possível favorecer a descoberta de princípios ou relações. Por fim um currículo em espiral permitiria ao estudante a contemplação de um mesmo tema em diferentes níveis de profundidade e modos de representação.

Desenvolvimento intelectual

"O desenvolvimento intelectual baseia-se numa interação sistemática e contingente, entre um professor e um aluno, na qual o professor, amplamente equipado com técnicas anteriormente inventadas, ensina a criança."(BRUNER, 1969)

Para que haja desenvolvimento intelectual o aluno deve ser ativo na construção do seu conhecimento, transformando-o e assimilando-o, esse desenvolvimento depende do nível de amadurecimento e varia com o crescimento, através de refinamentos constantes, sendo dividida em três modos de representação do mundo:

1.    Representação ativa: é a primeira inteligência prática,  trata-se de uma consequência do contato da  criança com os objetos e com os problemas que surgem no meio ambiente em que ela está inserida.
2.    Representação icônica: é a representação por meio de imagens independentes da ação. A criança utiliza imagens mentais que representam os objetos. Sua função é permitir o reconhecimento de objetos quando eles mudam de alguma forma.

3.    Representação simbólica: Ocorre quando a criança consegue representar as coisas por símbolos, sem a necessidade de usar ação ou imagens, e já está em condições de traduzir as suas experiências em linguagem adequada e a receber mensagens verbais do adulto.

“Através desses três modos de representação, os indivíduos passam por três estágios de processamento e representação de informações: manuseio e ação, organização perceptiva e imagens e utilização de símbolos. A integração é a capacidade do sujeito transcender o momentâneo, desenvolvendo meios de ligar passado-presente-futuro. Um dos pontos chave para o desenvolvimento intelectual são os ambientes abertos, onde a capacidade de representação e integração são estimuladas, através de técnicas provenientes da exposição ao ambiente especializado de uma dada cultura.”(Rosa María E. Moreira Da Costa, Neide Santos, Ana Regina C. Da Rocha em Diretrizes Pedagógicas para Modelagem de Usuário em Sistemas Tutoriais Inteligentes)

As características de uma teoria de ensino segundo Bruner

As predisposições: o ensino deve propiciar a exploração de alternativas por parte do aluno; este processo está ligado a três fatores: ativação; manutenção e direção. A aprendizagem por descoberta deve ser orientada para permitir alternativas que possibilitem a nova solução para uma situação-problema ou permitir uma nova descoberta.
Em relação à estrutura e forma de conhecimento se faz necessário conhecer os fundamentos para contemplar a matéria; a memória humana conserva melhor as informações quando usamos meios mais simplificados para representá-los; contemplar princípios e ideias fundamentais, é ter compreendido algo específico além de mediar a compreensão de coisas semelhantes; é necessário revisitar os conteúdos para ter certeza de que o que está sendo ensinado nas escolas não está muito distante dos conteúdos avançados.
A estrutura de uma matéria tem três características fundamentais: forma da representação utilizada (ativa, icônica e simbólica); economia que está relacionada com a quantidade de informação a ser conservada, a ser processada para resolver problemas ou entender novas proposições; potência efetiva  que se trata da capacidade de relacionar assuntos distintos.
A questão da sequência, na aprendizagem, muitas vezes é intuitiva para grande maioria dos que atuam no ensino. A diferença entre Bruner e outros autores, refere-se ao fato de que ele formaliza a questão, e a coloca em termos operacional identificando: cabedal de informações, estágio de desenvolvimento, natureza da matéria e diferenças individuais, como variáveis para estabelecer a sequência de uma matéria.
            A forma e a distribuição do reforço é vista de forma diferente da abordagem comportamentalista (Skinner), pois Bruner

“refere-se ao reforço quando a criança se desenvolve e aprende a pensar de maneira simbólica, representando e transformando o ambiente, o que aumenta a motivação de competência, o controle sobre o comportamento, e esse processo leva-a a desenvolver autocontrole e se auto-reforçar para que a aprendizagem seja reforço de si própria.” (Sílvia Helena de Oliveira Piazentino, CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS)

A instrução e o papel do professor

            Nesta abordagem, os professores são os importantes agentes do processo educacional e devem ter domínio do uso dos recursos com conhecimento e compreensão deste uso, de acordo com o assunto, assumindo ainda tarefas de comunicador e figura de identificação. Além disso,  o professor tem importantes responsabilidades na organização curricular, tratando-se:
·      da planificação: estruturação do material e sua disposição em sequências de aprendizagem
·      da motivação: criação e manutenção de predisposições para a resolução de problemas
A sugestão é que este trabalho deve ser desenvolvido em equipes de planejamento curriculares, incluindo vários professores, com o apoio de especialistas em pedagogia, didática e psicologia. As equipes deverão ainda avaliar os programas por meio de observação e experimentação, não somente o sucesso das aprendizagens, mas também da funcionalidade dos próprios programas de ensino.

As propostas de Bruner – síntese

Em resumo, a teoria de Bruner está pautada na participação ativa do estudante para o desenvolvimento do seu processo de aprendizagem, a aprendizagem por meio da descoberta, a exploração de novas alternativas, o currículo em espiral e a aprendizagem segundo as fases internas do desenvolvimento. Ao adotar esta ideia, Bruner reconhece que a criança nem sempre é capaz de construir por si só, mas depende de uma direção dada por seu educador.  Aquilo que é absorvido em sua  consciência é o que foi aceito interpessoalmente; somente aquilo a que a criança pode assegurar "concordância compartilhada" torna-se parte de sua representação do mundo.

Implicações da teoria de Bruner para o ensino de física

As ideias de Bruner influenciaram e ainda influenciam muitas abordagens ao ensino da Física. O projeto PSSC é um dos exemplos que engloba a atividade de investigação do aluno. Outro exemplo é o que ocorre nas aulas de laboratório, aplicadas em diversas escolas do país, é possível ver esta tendência de fazer o aluno explorar alternativas que levem à solução do problema ou à "descoberta". Muitos livros com a proposta de um currículo em espiral também foram escritos.

No entanto, o método da descoberta, tem sido bastante questionado, pois, a aprendizagem por descoberta pode dar-se de forma mecânica, ou seja, o estudante só consegue alcançar aquele resultado por meio do caminho proposto pelo professor, memorizando passos sem que proponha alternativas para uma nova solução à situação problema. O próprio Bruner, anos após a publicação de seus livros sobre sua teoria de aprendizagem, revisa algumas questões e propõe a adaptação no ensino em favor de contextualizá-las aos problemas que a sociedade enfrenta. A ideia de que a experimentação levaria à compreensão ou até mesmo à redescoberta de leis científicas não pode ser exclusividade em um projeto.

 “Um bom intuitivo pode ter nascido com algo especial, mas a sua intuição funciona melhor quando ele tem um sólido conhecimento do conteúdo, uma familiaridade que dá substância à intuição” (BRUNER, 1960, p.56).

Contudo, acredito que as ideias de Bruner foram fundamentais para a ressignificação do ensino de Física e para a evolução do processo de ensino/aprendizagem utilizado até então. A perspectiva de uma aprendizagem por descoberta pode ser o gatilho para despertar a curiosidade dos jovens, atitude necessária ao desenvolvimento de outra habilidades, sendo portanto, muito importante no ensino de Física.

Fontes:


DIRETRIZES PEDAGÓGlCAS PARA MODELAGEM DE USUÁRIO. Acesso em 21 de Setembro, 2014.


Moreira, M. (1999). TEORIAS DE APRENDIZAGEM, 1–55. 

RESENHA: A TEORIA DE ENSINO DE BRUNER - MeuArtigo Brasil Escola. Acesso em 21 de Setembro, 2014.

TEORIA DE J. BRUNER. Acesso em 21 de Setembro, 2014.



Teorias

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Teorias da Aprendizagem






TEORIA
É uma construção humana para interpretar sistematicamente uma área de conhecimento.
Construídas para prever e explicar fenômenos;
São constituídas de conceitos e princípios;
Conceitos são signos que apontam regularidades em objetos e eventos. São usados para pensar e dar respostas rotineiras e estáveis.
Princípios são relações significativas entre conceitos. As teorias são mais amplas que os princípios.
Subjacentes às teorias, estão sistemas de valores ou visões de mundo, que mudam com o tempo e com a cultura.
APRENDIZAGEM
Condicionamento, mudança de comportamento, aquisição de informação, aumento de conhecimento,
resolução de problemas, construção de novos significados, revisão de modelos mentais, etc.
O conceito de aprendizagem tem vários significados não compartilhados entre os teóricos da área.

TEORIAS DE APRENDIZAGEM
São diferentes de modelos de ensino.
Elas são construídas para interpretar a área do conhecimento que chamamos aprendizagem.
Representam o ponto de vista de um autor ou autores.
Mudam com o tempo e dependem de fatores sociais, políticos, culturais e econômicos da época.

Elas são :
Comportamentalista (Pavlov, Skinner, etc.)
Cognitiva (Piaget, Vygotsky, Johnson-Laird, etc)
Afetiva (Rogers, Novak)
Psicomotora  (Gestalt, Lewin, etc)
Cognitivismo
Construtivismo = cognitivista + interpretacionista.  O ser humano tem a capacidade criativa de interpretar e representar o mundo, não somente de responder a ele.
O aluno deixa de ser visto como mero receptor de conhecimento e passa ser considerado agente da construção de sua estrutura cognitiva.
Humanismo
enfatiza o aprendiz
auto-realização da pessoa
além do intelecto, considera sentimentos e ações
domínio afetivo
ensino “centrado no aluno” e “escolas abertas”
Comportamentalismo
Ênfase nos comportamentos observáveis e controláveis: respostas aos estímulos externos  o comportamento é controlado por suas conseqüências  não há hipóteses sobre as atividades mentais que ocorrem entre o estímulo e a resposta embasou a “instrução programada” nas décadas de 60 e 70 e influencia o ensino até os dias de hoje.
Cognitivismo
Enfatiza a cognição, o ato de conhecer, como o ser humano conhece o mundo  estuda os processos mentais, isto é, o como conhecemos se ocupa da atribuição de significados, da compreensão, transformação, armazenamento e uso da informação  percepção, resolução de problemas, tomada de decisões, compreensão, etc



Teorias de Aprendizagem
Características
Epistemologia Genética de PiagetPonto central: estrutura cognitiva do sujeito. As estruturas cognitivas mudam através dos processos de adaptação: assimilação e acomodação. A assimilação envolve a interpretação de eventos em termos de estruturas cognitivas existentes, enquanto que a acomodação se refere à mudança da estrutura cognitiva para compreender o meio. Níveis diferentes de desenvolvimento cognitivo.
Teoria Construtivista de BrunerO aprendizado é um processo ativo, baseado em seus conhecimentos prévios e os que estão sendo estudados. O aprendiz filtra e transforma a nova informação, infere hipóteses e toma decisões. Aprendiz é participante ativo no processo de aquisição de conhecimento. Instrução relacionada a contextos e experiências pessoais.
Teoria Sócio-Cultural de VygotskyDesenvolvimento cognitivo é limitado a um determinado potencial para cada intervalo de idade (ZPD); oindivíduo deve estar inserido em um grupo social e aprende o que seu grupo produz; o conhecimento surge primeiro no grupo, para só depois ser interiorizado. A aprendizagem ocorre no relacionamento do aluno com o professor e com outros alunos.
Aprendizagem baseada em Problemas/ Instrução ancorada 
(John Bransford & the CTGV)
Aprendizagem se inicia com um problema a ser resolvido. Aprendizado baseado em tecnologia. As atividades de aprendizado e ensino devem ser criadas em torno de uma "âncora", que deve ser algum tipo de estudo de um caso ou uma situação envolvendo um problema.
Teoria da Flexibilidade Cognitiva (R. Spiro, P. Feltovitch & R. Coulson)Trata da transferência do conhecimento e das habilidades. É especialmente formulada para dar suporte ao uso da tecnologia interativa. As atividades de aprendizado precisam fornecer diferentes representações de conteúdo.
Aprendizado Situado (J. Lave)Aprendizagem ocorre em função da atividade, contexto e cultura e ambiente social na qual está inserida. O aprendizado é fortemente relacionado com a prática e não pode ser dissociado dela.
GestaltismoEnfatiza a percepção ao invés da resposta. A resposta é considerada como o sinal de que a aprendizagem ocorreu e não como parte integral do processo. Não enfatiza a seqüência estímulo-resposta, mas o contexto ou campo no qual o estímulo ocorre e o insight tem origem, quando a relação entre estímulo e o campo é percebida pelo aprendiz.
Teoria da Inclusão (D. Ausubel)O fator mais importante de aprendizagem é o que o aluno já sabe. Para ocorrer a aprendizagem, conceitos relevantes e inclusivos devem estar claros e disponíveis na estrutura cognitiva do indivíduo. A aprendizagem ocorre quando uma nova informação ancora-se em conceitos ou proposições relevantes preexistentes.
Aprendizado Experimental (C. Rogers)Deve-se buscar sempre o aprendizado experimental, pois as pessoas aprendem melhor aquilo que é necessário. O interesse e a motivação são essenciais para o aprendizado bem sucedido. Enfatiza a importância do aspecto interacional do aprendizado. O professor e o aluno aparecem como os co-responsáveis pela aprendizagem.
Inteligências múltiplas (Gardner)No processo de ensino, deve-se procurar identificar as inteligências mais marcantes em cada aprendiz e tentar explorá-las para atingir o objetivo final, que é o aprendizado de determinado conteúdo.

http://www.planetaeducacao.com.br/professores/suporteaoprof/pedagogia/teorias00.asp

sábado, 3 de novembro de 2018

Carl Rogers,

 um psicólogo a serviço do estudante

Para o fundador da terapia não-diretiva, a tarefa do professor é liberar o caminho para que o estudante aprenda o que quiser

POR:
Márcio Ferrari
Carl Rogers. Foto: reprodução / arquivo pessoal
Carl Rogers
As idéias do norte-americano Carl Rogers (1902-1987) para a educação são uma extensão da teoria que desenvolveu como psicólogo. Nos dois campos sua contribuição foi muito original, opondo-se às concepções e práticas dominantes nos consultórios e nas escolas. A terapia rogeriana se define como não-diretiva e centrada no cliente (palavra que Rogers preferia a paciente), porque cabe a ele a responsabilidade pela condução e pelo sucesso do tratamento. Para Rogers, o terapeuta apenas facilita o processo. Em seu ideal de ensino, o papel do professor se assemelha ao do terapeuta e o do aluno ao do cliente. Isso quer dizer que a tarefa do professor é facilitar o aprendizado, que o aluno conduz a seu modo. 

 

A teoria rogeriana - que tem como característica um extenso repertório de expressões próprias - surgiu como uma terceira via entre os dois campos predominantes da psicologia em meados do século 20. De um lado havia a psicanálise, criada por Sigmund Freud (1856-1939), com sua prática balizada pela ortodoxia, e, de outro, o behaviorismo, que na época tinha B. F. Skinner (1904-1990) como expoente e se caracteriza pela submissão à biologia. A corrente de Rogers ficou conhecida como humanista, porque, em acentuado contraste com a teoria freudiana, ela se baseia numa visão otimista do homem. 

Para Rogers, a sanidade mental e o desenvolvimento pleno das potencialidades pessoais são tendências naturais da evolução humana. Removidos eventuais obstáculos nesse processo, as pessoas retomam a progressão construtiva. "Ele chamou a atenção para a formação da pessoa, a importância de viver em busca de uma harmonia consigo mesma e com o entorno social", diz Ana Gracinda Queluz, pró-reitora adjunta de pesquisa e pós-graduação da Universidade Cidade de São Paulo. 

Rogers sustentava que o organismo humano - assim como todos os outros, incluindo o das plantas - possui uma tendência à atualização, que tem como fim a autonomia. Na teoria rogeriana, essa é a única força motriz dos seres vivos. No caso particular dos seres humanos, segundo Rogers, o processo constante de atualização gerou a sociedade e a cultura, que se tornam forças independentes dos indivíduos e podem trabalhar contra o desenvolvimento de suas potencialidades.
O saudável é natural

Uma crença básica de Rogers é que o organismo humano sabe o que é melhor para ele e para isso conta com sentidos aprimorados ao longo da evolução da espécie. Tato, olfato e paladar reconhecem como prazeroso (sabor e cheiro agradáveis, por exemplo) o que é saudável. Igualmente, nossos instintos estão prontos a valorizar a "consideração positiva", conceito rogeriano que engloba atitudes como cuidado, carinho, atenção etc. 

Até aqui, tudo bem - as pessoas sabem o que é bom para elas e podem encontrar aquilo de que necessitam na natureza e na família. O problema, segundo Rogers, é que a sociedade e a cultura desenvolvem mecanismos que contrariam essas relações potencialmente harmoniosas. Entre os mais nocivos está a "valorização condicional", o hábito que a família, a escola e outras instituições sociais têm de apenas atender às necessidades do indivíduo se ele se provar merecedor. Decorrem disso a "consideração positiva condicional" - cujo exemplo típico é o carinho dos pais dado como recompensa por bom comportamento - e a "autoconsideração positiva condicional" - originada pela tendência que as pessoas têm a absorver os valores culturais e utilizá-los como parâmetro para a valorização de si mesmas. 

Funcionalidade plena

Do conflito entre o indivíduo ("sou") e o que se exige dele ("devo ser") nasce o que Rogers chama de incongruência, que gera sofrimento. Esse é o processo que, para ele, define neurose. Ao se ver pressionada a corresponder às expectativas sociais, a pessoa se vê numa situação de ameaça, o que a leva a desenvolver defesas psicológicas. 

Diante disso, o objetivo do terapeuta e do professor é permitir que seus clientes e alunos se tornem pessoas "plenamente funcionais", ou seja, saudáveis. As principais marcas desse estado de funcionalidade são a abertura a novas experiências, capacidade de viver o aqui e o agora, confiança nos próprios desejos e intuições, liberdade e responsabilidade de agir e disponibilidade para criar. 

Já que se tornar uma pessoa saudável é, basicamente, uma questão de ouvir a si mesma e satisfazer os próprios desejos (ou interesses), as melhores qualidades de um terapeuta ou de um professor são saber facilitar esses processos e interferir o menos possível. É esse o significado do termo "não-diretivo", a marca registrada do rogerianismo. Para que o terapeuta ou o professor seja capaz de exercer tal papel, três qualidades são requeridas: congruência - ser autêntico com o cliente/aluno; empatia - compreender seus sentimentos; e respeito - "consideração positiva incondicional", no jargão rogeriano. "O difícil na teoria rogeriana é mudar a postura diante do outro e não se surpreender com o que é humano", diz Ana Gracinda. Em grande parte, para Rogers, a chave do ensino produtivo é uma questão de ética.
O mais importante é a relação aluno-professor 

No campo da educação, Carl Rogers pouco se preocupou em definir práticas. Chegou a afirmar que "os resultados do ensino ou não têm importância ou são perniciosos". Acreditava ser impossível comunicar diretamente a outra pessoa o conhecimento que realmente importa e que ele definiu como "a verdade que foi captada e assimilada pela experiência pessoal". Além disso, Rogers estava convencido de que as pessoas só aprendem aquilo de que necessitam ou o que querem aprender. Sua atenção recaiu sobre a relação aluno-professor, que deve ser impregnada de confiança e destituída de noções de hierarquia. Instituições como avaliação, recompensa e punição estão completamente excluídas, exceto na forma de auto-avaliação. Embora anticonvencional, a pedagogia rogeriana não significa abandonar os alunos a si mesmos, mas dar apoio para que caminhem sozinhos.
Biografia

Carl Ransom Rogers nasceu em Oak Park, perto de Chicago, em 1902. Teve uma infância isolada e uma educação fortemente marcada pela religião. Tornou-se pastor e encaminhou os estudos para a teologia, quando começou a se interessar por psicologia. Na nova carreira, o primeiro foco de trabalho foram crianças submetidas a abusos e maus-tratos. Por essa época começou, por observação, a desenvolver suas teorias sobre personalidade e prática terapêutica. Aos 40 anos publicou o primeiro livro. Seguiram-se mais de 100 publicações destinadas a divulgar suas idéias, que ganharam seguidores em todo o mundo. Rogers quis provocar uma ruptura na psicologia, dando a condução do tratamento ao cliente, e não temeu acusar de autoritários a maioria dos métodos hegemônicos na área. O pilar da terapia rogeriana são os "grupos de encontro", em que vários clientes interagem. Rogers foi um dos primeiros a gravar e filmar as sessões de terapia. Morreu de um ataque cardíaco em 1987, em San Diego, Califórnia.

Teoria adequada a um tempo de contestação
Hippies norte-americanos dos anos 1960: contracultura adotou as idéias de Rogers. Foto: John Dominis/Getty Images
Hippies norte-americanos dos anos  
1960: contracultura adotou as idéias  
de Rogers.
Nascido no meio rural, Carl Rogers foi marcado por toda a vida pela idéia da natureza e pelo fenômeno do crescimento - o objetivo de sua terapia era crescimento pessoal e não uma idéia estática de maturidade emocional -, o que o levou a se aprofundar no estudo da obra do educador e filósofo norteamericano John Dewey (1859-1952). Como alguém cujo tempo de vida quase coincidiu com o século 20, Rogers teve a possibilidade de testemunhar o surgimento de várias correntes psicológicas e a disseminação da psicoterapia - um conhecimento indispensável para que, por oposição, ele criasse a sua própria corrente. O aspecto marcadamente antiautoritário e anticonvencional de seu pensamento o tornou muito atraente nos anos 1960, durante o auge da contracultura, representada em parte pelo movimento hippie. No Brasil, a influência de Rogers também se deu por essa época, em particular na formação de orientadores educacionais. "Os orientadores agiam em grande parte como mediadores de conflito e o conhecimento de Rogers permitia que eles pudessem exercer a função sem punições, mas também sem fechar os olhos para os problemas", diz a educadora Ana Gracinda Queluz.

Teoria da Aprendizagem Significativa


 de David Ausubel


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Aprendizagem significativa é o conceito central da teoria da aprendizagem de David Ausubel. Segundo Marco Antônio Moreira “a aprendizagem significativa é um processo por meio do qual uma nova informação relaciona-se, de maneira substantiva (não-literal) e não-arbitrária, a um aspecto relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo”. Em outras palavras, os novos conhecimentos que se adquirem relacionam-se com o conhecimento prévio que o aluno possui. Ausubel define este conhecimento prévio como “conceito subsunçor” ou simplesmente “subsunçor”. Os subsunçores são estruturas de conhecimento específicos que podem ser mais ou menos abrangentes de acordo com a freqüência com que ocorre aprendizagem significativa em conjunto com um dado subsunçor.
Subsunçores
A aprendizagem significativa ocorre quando a nova informação ancora-se em conceitos relevantes (subsunçores) preexistentes na estrutura cognitiva do aprendiz. Ausubel define estruturas cognitivas como estruturas hierarquicas de conceitos que são representações de experiências sensoriais do indivíduo. A ocorrência da aprendizagem significativa implica o crescimento e modificação do conceito subsunçor. A partir de um conceito geral (já incorporado pelo aluno) o conhecimento pode ser construído de modo a liga-lo com novos conceitos facilitando a compreensão das novas informações, o que dá significado real ao conhecimento adquirido. As idéias novas só podem ser aprendidas e retidas de maneira útil caso se refiram a conceitos e proposições já disponíveis, que proporcionam as âncoras conceituais.
Primeiros estudos
Ausubel publicou seus primeiros estudos sobre a teoria da aprendizagem significativa em 1963 (The Psychology of Meaningful Verbal Learning) e desenvolveu-a durante as décadas de 1960 e 1970. Mais tarde, no final da década de 1970, Ausubel recebeu a contribuição de Joseph Novak, que progressivamente incumbiu-se de refinar e divulgar a teoria. Com a contribuição de Novak, a teoria da aprendizagem significativa modificou o foco do ensino do modelo estímulo→ resposta→ reforço positivo para o modelo aprendizagem significativa→ mudança conceptual→ construtivismo.
Segundo Ausubel, a aprendizagem significativa no processo de ensino necessita fazer algum sentido para o aluno e, nesse processo, a informação deverá interagir e ancorar-se nos conceitos relevantes já existentes na estrutura do aluno. O autor entende que a aprendizagem significativa se verifica quando o banco de informações no plano mental do aluno se revela, através da aprendizagem por descoberta e por recepção. O processo utilizado para as crianças menores é o de formação de conceito, envolvendo generalizações de interesses específicos para que, na idade escolar já tenham desenvolvido um conjunto de conceitos, de modo a favorecer o desenvolvimento da aprendizagem significativa. Esses conceitos deverão ser adquiridos através de assimilação, diferenciação progressiva e reconciliação integrativos de conceitos. Para tanto, Ausubel sugere para esse processo, a utilização de organizadores prévios para, de fato, ancorar a nova aprendizagem, levando o aluno ao desenvolvimento de conceitos subsunçores, de modo a facilitar a aprendizagem subseqüente.
Mas o que são organizadores prévios? Segundo o autor, são informações e recursos introdutórios, que devem ser apresentados antes dos conteúdos da matriz curricular, uma vez que tem a função de servir de ponte entre o que o aluno já sabe e o que ele deve saber para que o conteúdo possa ser realmente aprendido de forma significativa. Os organizadores se tornarão mais eficazes se forem apresentados no início das tarefas de aprendizagem para que suas propriedades possam integrar-se como elemento atrativo para o aluno, visando provocar o interesse e desejo de aprender. Sua formulação deve contar com um vocabulário bastante familiar ao aluno, de modo que, sua organização, bem como a aprendizagem sejam consideradas como material de valor pedagógico.
Para que a aprendizagem significativa ocorra, o autor assinala duas condições essenciais :
1) disposição do aluno para aprender;
2) O material didático desenvolvido, que deve ser, sobretudo, significativo para o aluno.
Somente dessa forma é que se dará a verdadeira compreensão de conceitos e proposições, o que implica na posse de significados claros e intransferíveis. Para a avaliação consistente da aprendizagem significativa, o método válido e prático, segundo Ausubel, consiste em buscar soluções de problemas diversos através de testes de compreensão, utilizando-se de recursos diferentes daqueles, utilizados anteriormente no material instrucional. Para que se possa constatar, de fato, se o aluno desenvolveu ou não, às habilidades necessárias à aquisição da aprendizagem significativa.
A Teoria da aprendizagem de Ausubel objetiva, portanto, facilitar a aprendizagem do aluno, através da psicologia da aprendizagem significativa. Diz ele, que:
“Se eu tivesse que reduzir toda a psicologia educacional a um único princípio, diria isto: o fato isolado mais importante que informação na aprendizagem é aquilo que o aprendiz já conhece. Descubra o que ele sabe e baseie isso nos seus ensinamentos”.
A aprendizagem significativa é elemento essencial ao processo de aquisição do conhecimento do aluno, fundamental para o novo papel do professor e a função social da escola.

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