Hiperatividade na escola: entenda as causas e o papel da escola
Desatenção, hiperatividade e impulsividade são os principais sintomas do TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), conhecido também como hiperatividade ou DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). O transtorno atinge 3 a 5% das crianças, segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), e é um dos causadores da hiperatividade infantil na escola.
O quadro é visível: a criança não consegue se concentrar nas tarefas e se distrai com facilidade. Controlar impulsos também é uma tarefa mais difícil para ela, principalmente em situações que exijam seguimento de regras ou reflexão sobre consequências futuras. Permanecer sentado é um dos desafios para o aluno hiperativo, que exibe excesso de atividade motora (gosta de ficar em pé e correr pela sala, por exemplo) e tem reações emocionais fortes.
Mas apresentar esses sintomas não é suficiente para compor o diagnóstico: é preciso que eles se repitam em pelo menos dois ambientes frequentados pela criança, e apenas um médico especializado pode diagnosticar a existência do transtorno. Ao todo, são 21 sintomas que determinam o TDAH: nove relativos à desatenção, nove à hiperatividade e três à impulsividade.
A venda de remédios indicados para o tratamento cresceu 80% de 2004 a 2008, de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas o tratamento da hiperatividade deve ser multimodal: combinar medicamentos, orientação aos pais e professores, além de terapia cognitivo-comportamental.
Nem sempre é necessário medicar a criança: o transtorno pode não ser tão prejudicial e algumas iniciativas por parte da escola e dos professores podem acolher melhor o comportamento do aluno e amenizar os sintomas. Um aluno hiperativo pode ser prejudicado por sentar-se perto de uma janela, por exemplo, porque a movimentação externa pode distraí-lo.
Boas práticas dentro da sala de aula podem reduzir os fatores que estimulam a desatenção das crianças e a hiperatividade na escola. Trabalhos em grupos pequenos favorecem a concentração, e o aluno hiperativo pode ter sua energia canalizada para fazer tarefas práticas na sala, como ajudar a entregar o material didático das atividades. Intervalos durante as tarefas também ajudam os alunos a retomarem o trabalho mais focados quando voltam das pausas. O professor também deve avaliar se as atividades propostas são desafiadoras e mantém os jovens interessados.
Agitação ou hiperatividade?
Nem sempre uma criança desinteressada e com muita energia pode ser classificada como hiperativa. O problema pode estar na aula, que não deve apresentar nível de dificuldade superior ou inferior à faixa etária dos alunos. Ambientes desorganizados também favorecem a dispersão.
Outros fatores que não devem ser ignorados são os problemas pessoais e familiares da criança. O falecimento de um parente ou a separação dos pais, por exemplo, podem desestabilizá-la e compor um quadro temporário similar ao do TDAH. Os motivos não são visíveis aos professores, mas, na escola, ela exibe comportamento agitado e agressivo, ou, mesmo hiperativa, se isola dos colegas. Cabe aos professores identificarem as oscilações comportamentais antes de classificar o aluno como hiperativo.
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Eu aguardo as sementes que você possa vir a lançar. Depois selecioná-las e plantar.