Refletir e avançar
A autoavaliação é um caminho eficiente para o aluno aprender a identificar e corrigir os próprios erros. Nesse processo, o papel do professor é essencial
07/06/2010 16:09
Texto Bianca Bibiano
Texto Bianca Bibiano
Foto: Rodrigo Erib
Na pré-escola da Escola da Vila,
a autoavaliação oral é o caminho para cumprir combinados
A intenção foi a melhor possível: a abertura para o diálogo na avaliação é uma medida interessante tanto para o estudante tomar consciência de seu percurso de aprendizagem e se responsabilizar pelo empenho em avançar - é a chamada autorregulação - como para ajudar o docente a planejar intervenções em sala. Mas a forma como a autoavaliação foi aplicada não é a mais recomendável. É provável que a atividade tenha sido encarada como uma mera formalidade. Nesses casos, a tal "postura crítica" da turma é pouco mais que um apanhado de coisas que o professor espera ouvir: "Preciso bagunçar menos", "Tenho de respeitar os colegas", "Faltou estudar antes para a prova". Já aconteceu com você?
Da lista de equívocos que se pode apontar no exemplo do parágrafo inicial (leia o quadro à direita), o mais grave é a falta de acompanhamento e intervenção do professor. "Após o aluno refletir sobre o que e como aprendeu, o professor deve realizar um conjunto de ações para modificar o que está inadequado", afirma Leonor Santos, docente da Universidade de Lisboa, em Portugal, e especialista no assunto. "O objetivo é levar o estudante a confrontar seu desempenho com o que se esperava e agir para reduzir ou eliminar essa diferença".
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