Nem sempre fui a mesma e que bom que é assim, hoje tenho conceitos e mediações muito diferenciadas de quando iniciei, mas garanto que sempre dei o meu melhor, sempre fiz com excelência e em cada momento acreditando que era o melhor que eu podia fazer. Depois de algum tempo, a luz de novas ou desconhecidas teorias as práticas foram se remodelando e assim sempre foi e quero que sempre seja!
Já estive em diversos espaços e trabalhei com os mais variados grupos, diversas foram as experiências e sempre procurei crescer como pessoa e como profissional em cada uma delas.
A única certeza que sempre me acompanhou foi a de que tenho muito para aprender SEMPRE.
Posso afirmar que tenho verdadeiro amor e comprometimento com a profissão que escolhi e a reconheço como a melhor profissão que alguém poderia ter.
Se fosse para fazer análise da educação, do que foi e do que está, teríamos grandes contrapontos e até alguns paradoxos. Vejo alguns professores menos preparados por conta de universidades e modalidades de educação que ainda não foram compreendidas, Vejo outros professores interessados e com vontade de trabalhar sendo gestionados por pessoas despreparadas e que não conhecem sua verdadeira função,vejo prédios escolares melhores e práticas nem tento, vejo famílias menos comprometidas com seus filhos, vejo alunos menos interessados na escola... Vejo crianças passando doze horas em instituições que ainda não compreenderam o real sentido de educar e cuidar... Vejo a sociedade delegando a escola missão muito maior do que parece que ela esteja pronta para dar conta e algumas inclusive que não deveriam lhe competir, vejo professores sendo muito mal remunerados pelo fantástico trabalho que desempenham e outros recebendo demais pelo que apresentam fazer. Vejo os pais e a justiça muito mais conhecedores de questões legais do que os próprios educadores, que infelizmente estão recuando, recuando e se amoitando encolhidos aceitando a quase tudo que se diz ser lei. Vejo que o direito a aprendizagem que deve ser a função primeira da escola está sendo colocada em últimas colocações no ranking de prioridades.
Cada um dos detalhes que vejo e enfatizo aqui, deve ter sim os seus motivos e razões de ser, nós todos atores do palco educacional e o produto da nossa educação são frutos de políticas públicas retas ou tortas de erros e acertos que vem acontecendo ao longo da história.
E se assim alguns a esta altura da reflexão, possam estar imaginando que sou pessimista, ou que posso estar afirmando que a educação está num beco sem saída , pois eu lhes digo que NÃO! Longe disto está a minha crença.
E em detrimento de todas as boas práticas que eu como vocês conhecemos, sabemos que existem e são bonitas consistentes e importantes eu lhes afirmo sem medo de errar são POUCAS, precisam ser multiplicadas urgentemente.
E teria receita? Teria uma saída, qual exatamente seria o caminho a seguir...(?)
Sinceramente vejo apenas um, que é complexo, exige dedicação foco e fé, mas que é perfeitamente possível.
Caros: governos, gestores, educadores, famílias, precisamos dar mais sentido ao nosso cotidiano a nossas práticas, precisamos sair da mesmice da síndrome do que é possível apenas. Temos que nos envolver em todas as dimensões que caracterizam as nossas práticas , temos que ser conhecedores do nosso ofício, da nossa crianças, das fases de desenvolvimento , das formas como as pessoas aprendem, do universo de possibilidades que se abrem todos os dias nos duzentos e tantos dias do ano em suas mais de oitocentas horas. Não podemos continuar boicotando a autonomia e as possibilidades que todas as nossas crianças e alunos possuem, eles merecem o nosso trabalho sério e árduo para o desenvolvimento construtivo de todo o seus potencial. Independente de condições físicas e estruturais, seja sem tudo aquilo que desejaríamos para atuar com menos prolixidade . É chegado o momento, é passada a hora, precisamos ter mais capricho, fazer sempre mais e melhor e não repousar no possível ou nas desculpas que tornam todo o processo impossível.
Será fácil? Evidente que NÃO!
É necessário pesquisa, leitura, aprofundamento AÇÃO, AÇÃO, avaliação e novas AÇÕES.
Precisamos lutar, se comprometer,exigir e utilizar de fato o que exigimos...
Quem já sabe ensinar ensina em qualquer lugar ou condição não podendo acomodar-se ou imaginar-se pronto, ei, estamos na era do conhecimento!!!!!!!!E quem não sabe ensinar e quer continuar nesta profissão, precisa aprender, e quem não sabe gestionar , precisa aprender na mesma ou com mais intensidade, e o povo? E as famílias? Precisam retomar seu papel na construção de valores, precisam ser pais e mães, também aprender a votar (esta serve para todos), a escolher administradores. Qualidade meus nobres, não pode ser confundida em hipótese alguma com favorecimentos. Educação não pode ser moeda de troca e de barganhas politiqueiras.
Precisamos todos nós, indistintamente ter mais capricho e afinco para transformarmos positivamente a Educação pública e privada deste país!
Assim a Educação TEM JEITO!
Assim a Educação TEM JEITO!
Eu acredito muito nesta possibilidade!
Cátia Regina Marangoni Geremias
Professora e assessora Educacional
A educação tem jeito sim. Também acredito nisso, mas, me questino se têm jeito aqueles que gestionam todo profcesso educativo. E não falo daqueles que fazem o chão da escola. Falo daqueles que estão nas nuvens dos processos burocráticos e administrativos, que jamais pisaram numa sala de aula, que sequer conhecem a realidade das escolas de verdade. Falo daqueles que estão professores por não terem opção diferente, daqueles que só esperam o sinal tocar para FUGIR da escola e da sala de aula. Será que esses têm jeito? Falo daqueles que não se preocupam em definir políticas de valorização profissional. Não apenas aumento salarial, mas foco na vida profissional do professor (incentivo à qualificação, por exemplo). Penso naqueles que buscam as escolas como local para deixar as crianças, filhos... naqueles que não distinguem EDUCAR de ENSINAR e tampouco compreendem que os processos são recíprocos... penso em tantas outras coisas que não sei, se como a educação, tem jeito!
ResponderExcluirKatia R. K. Fronza (Técnica em Assuntos Educacionais - IFC - e Professora de Ensino Superior -Unidavi).
Tenho muito orgulho de ter sido aluna de vocês C/Kátias!
ExcluirRoselmeri Jochem Neckel - Professora