"Um pensar estrangeiro andou atordoando
meu pouco entendimento. Ir para a escola
era abandonar as brincadeiras sob a sombra
antiga da mangueira; era renunciar o debaixo
da mesa resmungando mentiras com o
silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa
buscando novas surpresas e outros convites.
Contrapondo-se a essas perdas, havia a
vontade de desamarrar os nós, entrar em
acordo com o desconhecido, abrir o caderno
limpo e batizar as folhas com a sabedoria da
professora; diminuir o tamanho do mistério,
abrir portas para receber novas lições, destra-
melar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso
me encantava”.
Bartolomeu Campos de Queiroz
Eu tinha todas essa contradições e vivia semelhantes emoções quando era criança. Que jeito bonito que Bartolomeu Campos de Queiroz usou para o dizer.
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