EDUCAÇÃO NA MÍDIA
30 de maio de 2011
O bairro de Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, abriga desde o último dia 20 a primeira escola totalmente sustentável do Brasil e da América Latina
O bairro de Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, abriga desde o último dia 20 a primeira Escola totalmente sustentável do Brasil e da América Latina: o Colégio Estadual Erich Walter Heine, que oferece ensino médio integrado com técnico profissionalizante em administração.
A construção da Escola foi possível devido a uma parceria entre a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc) e a siderúrgica Thyssenkrupp CSA que está erguendo uma unidade com capacidade de produzir 5 milhões de placas de aço por ano na região.
O colégio tem como concepção ser uma grande sala de aula sustentável. Ao conviver com um prédio diferenciado, o aluno aprende a importância do uso consciente dos recursos naturais.
Promover a Educação ambiental é um dos principais objetivos do projeto , afirma Rafael Tavares Albuquerque, arquiteto responsável pelo obra.
Padrão internacional
O projeto foi elaborado para atender aos padrões da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design, em inglês), voltada para a construção sustentável. Isso significa que o prédio atende a mais de cinquenta requisitos para melhorar o aproveitamento de recursos naturais e obter maior eficiência energética.
Um dos diferenciais é o ecotelhado, que tem uma vegetação especial para diminuir a absorção de calor e reabsorver a água da chuva. Em todo o mundo, apenas 120 Escolas têm essa certificação 118 nos Estados Unidos, uma na Noruega e outra em Bali.
Em formato de catavento para melhorar a entrada de ar entre as alas, reduzindo assim os gastos com refrigeração, o prédio foi projetado pelo escritório Arktos, especializado na concepção de Escolas. Com a dimensão de 8.950 metros quadrados, custou R$ 11 milhões, financiados pela Thyssenkrupp.
Uma Escola tradicional do mesmo porte sairia por R$ 8 milhões. Embora a obra tenha um preço elevado, os benefícios no longo prazo compensam , diz a arquiteta responsável pelo projeto, Maria José de Mello, que cita a captação da água da chuva como uma das principais ações.
O ecotelhado filtra a água da chuva, que é armazenada para ser usada nos sanitários, na irrigação de jardins e lavagem dos pátios o que possibilita economia de60% na conta de água. Grandes janelas e a forma arquitetônica do prédio aproveitam a luz solar e gera economia de até 30% com energia.
O que incentivou a Thyssenkrupp a patrocinar o projeto foi o crédito de isenção fiscal que havia em caixa para investir em sustentabilidade. Nosso foco é Educação voltada para o trabalho e por isso investimos na construção da Escola , diz Luiz Claudio Castro, diretor de sustentabilidade da Thyssen.
Comunidade
Além das aulas emperíodo integral, das 7 às 17h, a Secretaria da Educação pretende abrir em agosto 500 vagas noturnas para ensino profissionalizante em administração aos moradores.
O colégio agrega valor, estabelece umpatamar de qualidade no ensino, o que melhora a auto estima dos alunos e da comunidade , diz Sérgio Menezes, gerente de projetos com parceiros privados da Seeduc.
O projeto, quando concebido, foi pensado para interagir com a sociedade. A biblioteca tem acesso externo, inclusive nos finais de semana, assim como a piscina e as quadras que também ficarão à disposição.
Fonte: Brasil Econômico (SP)
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