Conversando sobre Educação
"Estou semeando as sementes da minha mais alta esperança. Não Busco discípulos para comunicar saberes. Busco discípulos, para neles plantar MINHAS ESPERANÇAS" Rubem Alves
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024
domingo, 20 de agosto de 2023
Sobre o Pedágio e a Educação
Eu sempre parto do pressuposto de que não se deve emitir opinião sobre algo sem conhecer de fato.
Movida por um enorme senso de equipe, e sendo voto vencido nas preliminares, hoje eu ousei desafiar as minhas crenças e conhecer por dentro um pedágio. Eu já posso dizer que não me aposentei sem conhecer esta prática tão presente nos tempos contemporâneos.
Sim, um pedágio, aquele em que as pessoas vão pra beira da estrada, movidas por uma causa para pedir doações dos passantes. Até aí, tem lá a sua grandeza e depois de cinco horas ininterruptas em pé, eu já posso afirmar, é gente de fibra quem se doa assim.
Como em tudo nesta vida, dá pra aprender, esta foi uma manhã de aprendizado, aquela história de que as pessoas demonstram o que são nas atitudes, de que tem gente que tem prazer em ajudar, de outros que aceleram e mantém as janelas fechadas e nem olham pro lado. Isso tudo diz muito mais sobre elas do que propriamente sobre a ação em si.
Tem também aqueles que deixavam evidente a pressa e até transparecem não sentir a mínima vontade de saber pra que é a doação, apenas movidos pela ligeireza já param com as moedas na mão.
Não sei se foi só hoje mas percebi que os mais humildes sabem dividir mais e talvez demonstrem mais paciência em precisar atrasar um pouco o destino.
Alguns que passavam a pé de bicicleta de tobata, pararam e colaboraram.
Um motoqueiro, queria doar, mas foi necessário quase correr atrás dele, pois não quis parar. Mas doou.
Teve algumas tiradas hilárias, como por exemplo:
- Vão pedir pro Prefeito! De quem menos se esperava ouvir, eu precisei concordar nesta hora.
Até entendi alguns que estão saturados de doações, que perguntavam: - É pra que agora? Ou simplesmente seu aparente mal humor ser decorrente de não conseguirem transitar sem custos nos sábados de manhã. Sim, porque se chovesse hoje fomos avisados de que não teria mais nenhuma data disponível neste ano para realizar o feito!
A verdade é deque o povo é colaborativo e muito bem educado de maneira geral, pois além de toda carga tributária, dos impostos que são abusivos neste país, eles ainda dividem suas moedas e colaboram com as políticas públicas. Acredito que aí está o cerne do meu repúdio, o objetivo do dito pedágio, não pode ser em hipótese alguma para fazer o que não compete ao ente.
É, eu sigo depois desta vivência, fortalecendo duas certeza, a mais evidente: foi o primeiro e o último para esta finalidade. Por segundo, não pode ser certo pedir mais dinheiro pro povo, sem dar nada em troca, nem a possibilidade de concorrer a um prêmio, ou meramente saborear um pastel e reverter este dinheiro para fazer o que não é função do magistério.
A Educação tem um papel tão gigantesco e se apequena toda vez que precisa sair do foco. Eu ainda sonho com dias melhores, quiçá aquela que hoje me disse que "virou professora" possa não precisar buscar recursos para o que não lhe compete!
domingo, 30 de outubro de 2022
30 de outubro de 2022
30 de outubro de 2022,
acordei muito agitada e angustiada. Hoje é um daqueles dias em que só me resta escrever.
Eu, que já fui apaixonada por política, que sei a necessidade e a importância das decisões políticas na vida. Que pedi votos por anos e anos de casa em casa em prol de pessoas que me inspiravam, propostas de governo, em prol da esperança, em busca e acreditando em um mundo melhor.
Eu sou, eu era, uma idealista!
Neste momento histórico foi necessário estudar e eu fui, para tentar dar conta do que tenho visto e vivido.
Os ideais da esquerda são muito válidos e hoje eu já consigo ver isso, defesa de uma maior igualdade social, a grande preocupação com os cidadãos considerados em desvantagem em relação aos outros, a abolição e a redução das desigualdades.
São princípios nobres!
Na prática, os grandes nomes de esquerda que li e reli que adentraram ao poder, não conseguiram manter suas condutas alinhadas aos seus princípios. Governaram de forma capitalistas e desfrutando de tudo que o dinheiro pode comprar e oferecer e tentaram orquestrar o empoderamento com mais palavras do que gestos à uma grande massa que teve a vida muito piorada a médio prazo pelas suas ações. De tal severidade a ponto de não ter o que comer.
Hoje, a minha
certeza consiste em que não serão efetivados estes valores e princípios aqui no Brasil por este grupo de pessoas que querem tomar o poder novamente.
Aqui, eles falam macio com quem tem estrela na testa, se apoderaram do amor da arte da cultura como se só a eles fosse concedida está sensibilidade e tocam na sagrada esperança das pessoas, dizendo o que muitos querem ouvir.
Sim eu não me manifestei, foi difícil e por respeito mas acompanhei tudo. Nesta eleição é nos últimos trinta anos. Assisti o último debate na íntegra e senti VERGONHA! Da postura dos dois candidatos!
Mas a DIFERENÇA é que eu VIVI e lembro bem quando o processo de polarização começou e também como era o país quando eles governaram.
Eu vi, em nome de um dito Respeito às classes e gêneros e grupos e clubes... tudo...o Brasil se dividido, estrategicamente. Não para que a vida fosse melhor, mas para formar uma esquadra de militantes.
Da mesma forma que existe a identificação com a pobreza, com a nordestinidade que eu respeito muito, porém percebo que é intencional para mantê-los na condição de sede e pobreza esperançosa e receber seus votos.
Eu participei de eventos em Brasília nos idos de 2005 onde queriam me fazer sentir vergonha por ser branca e morar no sul! Na época não imaginava onde isso ia dar, não sabia da relevância e muito menos que era um projeto separatista de pessoas.
Eu vi o nobre candidato que fazia comícios em cima de caminhões e gritava apaixonadamente sobre direitos e integridade, se aliar a tudo que repudiava para chegar ao poder, a homens de extrema direita inclusive. Eu assisti, ele vendendo a alma e os meus olhos enxergam e separam os dignos princípios da esquerda da forma que ele orquestrou sua "vergonhosa" atuação no poder.
Não é possível que não haja outro representante da Esquerda... alguém que eu não tenha vergonha de apresentar aos meus netos como o Presidente do Brasil.
Alguém que não brinque com o meu povo e ofereça basicamente uma proposta de "comer picanha e voltar a sorrir".
Me perdoem mas eu NÃO suporto a fala mansa e estratégica de quem em nome de uma ideologia quase morta com nobre valor, objetiva jogar pessoas umas contra as outras e dividi-las.
Do outro lado... um homem que também não me inspira em quase Nada que é péssimo na oratória, não tem retórica e também errou muito em gestos e palavras.
No dia do debate fiquei imaginando, será realmente que não existam outros homens no Brasil inteiro em quem eu ainda possa me inspirar e acreditar...
Não desejo este desencanto à ninguém.
Me resta uma certeza a democracia exige uma escolha, os meus valores são CONSERVADORES!
Eu quero existir para provar que NÓS também temos amor, solidariedade, sutilezas e respeito. As pautas do lado de cá, onde faço questão de estar, também tratam de vida, trabalho, dignidade, humanidade.
Ser um bom conservador tem sido minha bandeira.
Eu termino este texto com um nó na garganta, pelo que está por vir
mas com a sensação de alívio por poder dizer utilizando a minha ainda liberdade de expressão.
Cátia Regina Marangoni Geremias
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022
Prefácio Póstumo: Abraham Lincoln
Prefácio Póstumo: Abraham Lincoln
Ele liderou o país, de forma bem-sucedida, durante sua maior crise interna, a Guerra de Secessão, preservando a União e abolindo a escravidão.
Esse é o Prefácio do livro ''Oportunidades Disfarçadas'' do autor Carlos Domingos:
“Meu prezado senhor,
Direi apenas algumas poucas palavras.
A vida fez de mim um homem bem familiarizado com as decepções.
Aos 23 anos, tentei um cargo na política e perdi. Aos 24 anos, abri uma loja e não deu certo. Entre os obstáculos, tive um colapso nervoso, disputei eleições para o Senado, Presidência e finalmente, fui eleito presidente dos Estados Unidos aos 51 anos de idade.
Por isso, não venha me falar de dificuldades, tropeços ou fracassos. Não me interessa saber se você falhou. O que me interessa é se você soube aceitar os tropeços e aprender com eles.
Aprendi a tolerar os medíocres; afinal, Deus deve amá-los, porque fez vários deles.
Aprendi que, quando se descobre que uma opinião está errada, é preciso descartá-la.
Aprendi que a melhor parte da vida de uma pessoa está em suas amizades.
Se você está vivendo um momento temporário de fracasso, posso afirmar, com certeza da minha maturidade, ou dolorida experiência, que você jamais falhará se estiver determinado a não fazê-lo.
Por mais que encontre dificuldades pelo caminho, não desista.
Saiba que o campo da derrota não está povoado de fracassos, mas de homens que tombaram antes de vencer.
Sinceramente,
Abraham Lincoln
sábado, 5 de fevereiro de 2022
Piso Salarial e Valorização da Classe dos Professores
Desejo que este relato chegue aos
políticos, aos gestores, aos professores, não somente aos iniciantes aos quais
dedico também todo o meu respeito, mas este aqui é para os professores de
carreira. Aqueles, que como eu dedicam
oito, dez, quinze, vinte anos de suas vidas a esta nobre profissão, para os
alunos, para as suas famílias, a todas as adversidades, reinvenções e
conquistas que aconteceram nestas últimas três décadas, das quais, posso falar
com propriedade.
Sou Educadora a tempo suficiente para fazer algumas analogias, e no trilhar desta caminhada conheci muitos formatos do FAZER na
educação. Iniciei menina, com quatro séries de ensino fundamental em uma
sala, sem merendeira e sem faxineira
para o apoio nos trabalhos. Naqueles tempos a educação infantil era assistencial,
com uma concepção totalmente diferente da de hoje. O transporte escolar mal havia iniciado,
faltava programas suplementares de material didático, livros, brinquedos, nem
tempo disponível para planejar ou sequer para formação continuada... Sobravam
outras tantas coisas!
A comunidade escolar manifestava um
maior respeito pela minha profissão, no passar dos anos e por múltiplos fatores
que não são objetos de análise aqui, este respeito se perdeu, ou diminuiu
consideravelmente. Percebo através das parcerias de hoje que o envolvimento
família instituição está se fortalecendo e quiçá possa retomar o seu verdadeiro
sentido.
Os anos de gestão contribuíram e muito
para minha formação como pessoa, para aprimorar meu senso de justiça, para o
valor que eu dedico hoje a educação. Eu conheço, convivi e convivo com pessoas abnegadas
e verdadeiramente dignas da magnitude do cargo que ocupamos, em detrimento de
outras que eu torcia para procurarem outro trabalho aos quais tivessem perfil e
que lhes desse prazer e felicidade.
Este breve relato da minha história, ilustra e se assemelha a de muitos dos meus colegas de ofício. Por sorte, os anos não me roubaram os princípios, os valores que acredito e nem o imenso amor pela minha profissão, que sei ser a missão que vim desempenhar neste mundo.
Sim, o campo da educação é como o de
toda e qualquer profissão um lugar que tem pessoas admiráveis que cumprem o seu
papel, conhecem e executam direitos e deveres, garantem direitos de aprendizagem
e também de profissionais que não são assim.
Não quero entrar no mérito da comparação da
educação ser melhor ou pior, mais fácil ou mais difícil, são
tempos diversos, muito diversos, cada qual com suas potencialidades e mazelas.
E para aqueles comentaristas de
plantão, que sequer entraram um dia em uma sala de aula e se acham na condição
de dizer que a educação não mudou, que
não houveram avanços, que não houveram conquistas, tem aqui uma pessoa que
contesta e fundamenta veementemente esta ideia. Muitas ou todas as conquistas
no campo educacional foram fruto de lutas que se concretizam na
contemporaneidade.
Temos uma vasta legislação
educacional, muito bem escrita, diga-se. Recentemente a Base Nacional
Curricular, aliada a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação, os indicadores de qualidade as resoluções e pareceres dos
Conselhos a participação social na educação. Tudo representou caminhada e
conquista, ainda que transpor para a prática seja o maior dos desafios.
Um passado bem próximo trouxe
conquistas emblemáticas, como a elaboração do plano de Carreira, o incentivo a
formação continuada, o despertar do gosto dos profissionais em buscarem o constante aprendizado, o piso
salarial do magistério.
Em 16 DE JULHO
DE 2008 foi regulamentado a Lei, para instituir o piso salarial profissional
nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. Nestes
treze anos já trouxe ao palco muito debate, dúbias interpretações e também já deflagrou reais intenções de gestores, concepções de gestão baseadas em obras e no processo pedagógico. Tem perpassado
sempre em palanques políticos como discursos efusivos
de valorização.
Quando se valoriza um
profissional? Como?
Apenas financeiramente? As respostas
divergem, certamente.
Neste caso eu falo de salário
e a minha fala vem hoje do chão da sala,
mas poderia vir da gestão, lá sempre travei as melhores lutas, não consigo me calar diante da condução do
pagamento dos profissionais de educação.
O valor do reajuste anunciado pelo governo Federal nesta
quinta-feira (27/01) através do Presidente da República foi de 33,24% , o piso para 2022 será de R$ 3.845,63 para cargas horárias de 40h semanais. O maior aumento desde sua implantação.
É expressivo e até exagerado talvez, mas resultou do cálculo com base no
crescimento percentual dos valores mínimos do FUNDEB de dois anos anteriores.
A que se determina que seja pago para os
iniciantes da carreira ou para os não atingem o valor do base, segundo a Lei.
Neste rumo, muito em breve
iniciantes da carreira e professores
com uma década de trabalho terão o mesmo salário. Eu não posso
considerar isso correto. Pagar por pagar? Só dinheiro garante uma educação de
qualidade? Evidente que não! É necessária avaliação funcional bem-feita e com critérios, produtividade exigida, mas
também VALORIZAÇÃO a todos os que merecem!
O que significa valorizar na
carreira? Volto a grifar, é Lei e justo que os professores iniciantes na
carreira recebam o piso, diante do trabalho que desempenham, para muitos, o
valor ainda é pouco.
Sei do impacto financeiro nos
percentuais de folha. Lutamos a muito tempo para desvencilhar a folha da
Educação do restante dos funcionários da administração pública, para a
composição de índices. Esta bandeira
precisa ser verdadeiramente levantada. Me surge como uma das únicas saídas possíveis.
Mas e os que já estão na caminhada? Tudo que já
fizeram, passaram e conquistaram? É
justo não terem o valor aplicado na carreira, parte dele, pelo menos?
Precisa-se abrir espaço para negociação, para conversa, para valorização financeira
de fato!
A luta
professores deste meu BRASIL varonil, não é somente pelo piso salarial, é muito maior e mais intensa
para que os PLANOS DE CARREIRA não
sejam “rasgados” e para que conquistas históricas não se percam nesta imensidão
de falácias. A luta, é para que a nossa história e tudo que caminhamos para
chegar até aqui, seja respeitada! Que os gestores possam refletir, ponderar, agir em favor da Educação e lembrar em última instância, que
voltarão ao chão da sala de aula um dia, quase todo mundo volta!
Esperançosa que sou, eu sigo lutando
pela nossa classe.
sexta-feira, 28 de maio de 2021
Depois de mais de um ano
Foi em 18 de março de 2020 que o mundo parou!
Uma revolução, umas guerra viral, uma reviravolta que pensei não viver.
Depois de tudo e de tanto, hoje tem evento de dirigentes de EDUCAÇÃO.
Eu sinto um misto de vontade de ver o já conhecido e uma sensação de comodidade em relação aos encontros virtuais.
Eu gosto de gente, de encontros, de aprendizado.
Vou lá, depois eu conto!
sexta-feira, 9 de outubro de 2020
Conversando sobre a Volta as aulas
Um convite a Leitura e Reflexão
https://www.youtube.com/watch?v=yyA7wwEzOXc&t=120s
Novo Piso Salarial 2024
A luta está em torná-lo real no holerite dos profissionais
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TEORIA É uma construção humana para interpretar sistematicamente uma área de conhecimento. Construídas para prever e explicar fenôm...
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Certo dia, um professor entrou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova relâmpago. Todos se sentiram assustados ...
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