sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Registro





Registro de impressões e constatações do Fórum FENEX- Sétimo Fórum nacional Extraordinário da UNDIME.

O Fórum Nacional extraordinário da UNDIME aconteceu nos dias 14 a 17 de agosto de 2018. Todas as palestras, mesas redondas   e reflexões   tiveram três alicerces de ponderações, colocaram a importância central da formação de professores como a forma mais eficiente para aprimorarmos as práticas pedagógicas. Como segundo elemento importante a necessidades de condições de trabalho e também a necessidade de buscar resultados eficientes de aprendizado.
O cuidado com a excelência na educação precisa levar em conta uma gestão organizada da Rede de Ensino e da sala de aula, o trabalho que respeite a heterogeneidade de profissionais e alunos e uma avaliação necessária, que oportunize novos planejamentos e práticas diferenciadas que propiciem o aprendizado.
Discursos equivocados que procuram culpados para os insucessos educativos   não cabem mais no panorama do sec. XXI,   é momento de aliar forças, analisar dados, propor currículos eficientes e aproximados da realidade, mas  sobretudo proporcionar motivos para os alunos gostarem da escola e perceberem que nela é possível aprender e conviver. O grande desafio é conquistar os alunos, eles precisam ver sentido na escola, para isto é indispensável potencializar o poder das equipes e de todos juntos (famílias, sociedade e escola) alavancarmos o processo de aprendizado. O sentido de pertencimento favorece e minimiza muitas das nossas angústias e lutas. Empatia com famílias, professores e alunos.
“Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, mas se nos unirmos o bicho foge” Dr. Renato Casagrande.
Tivemos palestras   sobre índices e dados de pesquisa que podem nos dar um panorama nacional sobre a educação e seus profissionais.  Santa Catarina se coloca dentre os cinco primeiros Estados do País, em muitas das perspectivas analisadas e isso de forma positiva. Sabemos que talvez isso não represente muito, mas que diante do cenário nacional   nossas potencialidades é destaque em relação ao restante do Brasil. Num evento desta magnitude e na troca de experiências é possível verificar quantas questões nos aproximam e mudam apenas de endereço e tantas outras que a gente nem consegue perceber em nosso contexto como imensas potencialidades que temos. Um país continental como o nosso tem uma diversidade incrível.
Foi possível conhecer um grande número de representantes de Institutos e empresas parceiras que desenvolvem trabalhos e projetos voltados a educação, oferecendo contatos e algumas possibilidades muito interessantes. A sociedade, através de seus órgãos representativos tem se mobilizado para colaborar nas causas educacionais com resultados comprovados.
A Base Nacional Curricular foi amplamente debatida sob vários pontos de vista, mas ainda que necessitando de olhares atentos sobre determinadas questões, foi avaliada por todos os palestrantes como uma importante ferramenta para garantia dos direitos de aprendizagem, ressaltando a importância de serem os mesmos em todo o país. O compromisso e também o desafio é de transpor através de bons currículos e mediações significativas a BNCC para a vida de nossos alunos.
A temática que teve um grau elevado de polêmica e desafio, tratou sobre o financiamento da educação, a revogação da emenda A EC 95, que   significa na prática a redução da presença do Estado na garantia dos direitos sociais e difusos. Não apenas congela os recursos por 20 anos; reduz a participação dos gastos sociais no orçamento público; impede o cumprimento das metas do PNE (10% do PIB para a educação). Ficou bem ressaltado que NÃO EXISTE FUTURO PARA O PAÍS SEM A REVOGAÇÃO DE EC 95/16.
Participar de um fórum nacional proporciona muito aprendizado, oportunizando   construção de conhecimento, troca de   ideias, compartilhamento de  experiências  com muitas regiões do país. Foi possível perceber o quanto estamos alinhados com as políticas nacionais de Educação e perceber a dimensão de quantos desafios temos por conquistar.

Algumas das palestras do Fórum podem ser acessadas neste endereço:

Trombudo Central, 20/08/2018



terça-feira, 21 de agosto de 2018

ROLHA PEDAGÓGICA

Um Supervisor visitou uma escola fundamental. Em seu trajeto observou algo que lhe chamou a atenção:

 Uma professora estava entrincheirada atrás de seu escritório, os
alunos faziam a maior bagunça; o quadro era caótico.
Decidiu, então, se apresentar:

- Com licença, sou o Supervisor... Algum problema? -
Resultado de imagem para pedagógico- Estou completamente perdida senhor, não sei o quê fazer com estas crianças... Não tenho lâminas de apresentações, não tenho livros, o ministério não envia sequer o mínimo material didático, não tenho recursos eletrônicos, não tenho nada novo para lhes mostrar, nem o que lhes dizer! –
O Supervisor, que era um docente de alma, viu uma rolha sobre o
escritório, a tomou, e com serenidade oriental falou com as crianças:

 - Alguém sabe o que é isto? –

 - Uma rolha! - gritaram os alunos surpresos.
- Muito bem. E de onde vem a rolha? -
- Da garrafa. Uma máquina a coloca. De uma árvore. Da cortiça. Da madeira. – respondiam as crianças animadas.
- E o que dá para fazer com madeira? – continuava entusiasta o docente.
- Cadeiras. Uma mesa. Um barco! -
- Muito bem, Então teremos um barco. Quem se anima a desenhá-lo? Quem faz um mapa na lousa e indica o porto mais próximo para o nosso barquinho? Escrevam a qual Estado brasileiro corresponde. E qual é o outro porto mais próximo que não é brasileiro? A qual país corresponde? Alguém lembra que personagens famosos nasceram ali?
Alguém lembra o que produz esse país? Por acaso, alguém conhece alguma canção desse lugar? -

E assim, começou uma aula variadíssima de desenho, geografia,
historia, economia, música, etc.
A professora ficou muito impressionada. Quando a aula terminou,
comovida, disse ao Supervisor:

- Senhor, nunca esquecerei a valiosa lição que hoje me ensinou.
Muitíssimo obrigada!!! -
O tempo passou. O Supervisor voltou à escola e procurou pela
professora. A encontrou novamente encolhida atrás de seu escritório, os alunos, outra vez, em desordem total.

- Mas, professora, o que houve? Lembra de mim? -
- Mas é claro, como poderia esquecê-lo? Que sorte que o senhor voltou!
Não encontro a rolha. Onde a deixou? -

 Quando alguém não tem vocação para o que deve realizar, nunca vai achar a rolha!

(Autor desconhecido)

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  A luta está em torná-lo  real no holerite dos profissionais