quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Consciência negra: valorizar a identidade


PARTICIPAÇÃO


Aprenda a valorizar a cultura negra em casa e na escola

Foto: Divulgação
Foto: alunos brincando
Revelando a riqueza da cultura africana é possível combater preconceitos dos brancos e reforçar a auto-estima dos negros
O que é o Dia da Consciência Negra? Celebrado no dia 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra homenageia e resgata as negras raízes do povo brasileiro. Escolhido por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, ele é dedicado à reflexão sobre presença do negro na sociedade brasileira. "O Dia da Consciência Negra sinaliza a ideia do marco, marca o valor da conquista da liberdade deste grupo", explica Roseli Fischmann, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Metodista, de São Bernardo do Campo, na região metropolitana da capital paulista.

O dia da Consciência Negra também põe em pauta a importância de discutir atemática negra na escola. A inclusão de assuntos ligados à África e ao povo negro na educação formal é uma das estratégias para reconhecer a presença desse grupo na história do Brasil - os negros correspondem a 6,8% da população brasileira segundo o IBGE, mas os chamados "pardos" chegam a um número próximo da metade da população brasileira. Não à toa, escolas e instituições diversas já reconhecem a importância de trabalhar a cultura negra em seu dia a dia.

Hoje, a lei brasileira obriga as escolas a ensinarem temas relativos à história dos povos africanos em seu currículo. Além disso, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) estabelecem que a diversidade cultural do país deve ser trabalhada no âmbito escolar. "A sociedade em que vivemos valoriza outro estereótipo, o que resulta na invisibilização do negro. Isso tem um efeito bastante perverso: as crianças negras nunca se vêm e o que elas olham é sempre diferente delas", explica Roseli, que coordenou o grupo responsável pelo documento sobre Pluralidade Cultural nos PCNs. "A pluralidade cultural é um tema que pode ser abordado de forma transversal, em várias disciplinas", conclui. Estratégias simples, como a introdução de bonecas negras, podem ter um efeito positivo para reforçar aidentificação cultural dos alunos negros. "Revelar a África pela própria visão africana também surte efeito. O continente produz cultura, histórias e mitologia, o que a perspectiva eurocêntrica não nos deixa ver", diz Oswaldo de Oliveira Santos Junior, pesquisador do Núcleo de Educação em Direitos Humanos da Universidade Metodista de São Paulo.

Veja a seguir como pais e professores podem fazer sua parte na valorização da Consciência Negra.

Leia mais: Filme que traça panorama da história dos negros no Brasil ajuda professores a abordarem a cultura africana na escola 

Consciência Negra


Dados da Aula


O que o aluno poderá aprender com esta aula


• Ter consciência do que é ser negro. •Conhecer e reconhecer o papel do negro na construção da história da humanidade. •Conhecer as várias etnias que influenciaram na formação do povo brasileiro. •Valorizar o negro e do afro-descendente nesta sociedade racista e excludente.
Duração das atividades


05 dias
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno


Levantar informações acerca do conhecimento do aluno em relação a formação do povo brasileiro através do questinamento: Por que será que na nossa sala de aula existem crianças com diferentes características? ( cor da pele, tipos de cabelo, lábios,nariz etc ).
Estratégias e recursos da aula


As estratégias utilizadas serão
Construção de painel : “Como eu me percebo”
Utilização do laboratório de informática.
Atividades em pequenos grupos em sala de aula.
Observação do quadro Tarsila do Amaral










ATIVIDADE 1


Trabalhar um pequeno texto: "Formação do povo Brasileiro" do livro Aja Bahia em seguida discutir e refletir em cima do texto. A partir de situações levantadas os alunos deverão se dividir em grupo e construir o perfil do povo brasileiro. Em seguida individualmente cada aluno deverá montar o seu perfil “como eu me percebo."


ATIVIDADE 2





Observação do quadro de Tarsila do Amaral


Identificar a relação que a artista faz com a formação do povo brasileiro


ATIVIDADE 3


Levar os alunos ao laboratório de informática para uma pesquisa sobre Contos africanos. Cada equipe deverá escolher um conto africano e transformá-lo em um outro gênero ( História em quadrinhos).


ATIVIDADE 4


Em equipe os alunos deverão desenhar os personagens que farão parte da história em quadrinhos. Desenhar o cenário, ou seja, o local onde a história acontecerá, sempre tendo como base o conto que foi pesquisado no laboratório de informática. Escolher as partes que serão representadas nos quadrinhos. Escrever os textos de cada quadrinho.


ATIVIDADE 5


Cada representante da equipe deverá ir ao laboratório de informática utilizando dos recursos tecnológicos para montar suas revistas em quadrinho. Com ajuda da professora se fará a revisão final do texto e exposição para a comunidade escolar das produções feitas pelos alunos.
Recursos Complementares


Livro Aja Bahia ( lendo e escrevendo)- Educar para Vencer Sites: htpp://www.portaalafro.com.br
Avaliação


A avaliação aconterá durante todo o trabalho desenvolvido será continua e processual






fonte

domingo, 23 de outubro de 2011

Registro

“A história nos deixa presentes.
Entre os presentes que deixa, os registros estão entre os mais belos.
O que ganhamos de alguém é um presente,
e talvez assim se chame porque simboliza a presença de quem nos deu.
Mas presente é também o lugar do tempo em que estamos :
entre o passado que já se foi e o futuro, que ainda não chegou.”[1]


[1] TASSINARI, ALBERTO PEQUENO. GUIA BERLENDIS DE HISTÓRIA DA ARTE-DO RENASCIMENTO AO  IMPRESSIONISMO ATRAVÉS DAS OBRAS DO MASP – 1995.

Fernando Pessoa

BUSCA!

AS QUATRO ESTAÇÕES




Maria Hilda de J. Alão


Em uma época que já vai muito, mais muito longe, só existia o Inverno. A terra, toda coberta de neve, sofria com o frio muito forte. Os animais procuravam se esconder e ficavam todos juntos para se sentirem aquecidos. O vento gelado parecia o fio de afiadíssima faca cortando a pele. Os coelhos reclamavam muito. O vento não tinha pena deles. Soprava com força fazendo as suas orelhas balançarem como se fossem feitas de pano. Até o sol parecia ter medo o inverno, pois aparecia por uns instantes e logo se escondia deixando tudo frio e nublado. A comida era pouca e havia muita disputa entre os animais por um pouco dela. Como resolver esta situação. Não dava ser sempre inverno. Foi pensando assim que o leão resolveu organizar uma reunião para falar com Deus. E foram todos para o céu.
Lá chegando foram recebidos pelo guardião da entrada do céu.
- O que desejam? – perguntou o guardião.
- Viemos conversar com Deus sobre a situação da Terra. Queremos saber se há uma solução para acabar com tanto frio. O coelho saltou e disse:
- Eu não agüento o vento frio castigando as minhas orelhas.
O macaco também fez sua queixa.
- Como posso dormir numa árvore coberta de neve sem nenhum galho aconchegante?
A girafa, coitada, contou seu problema.
- E eu? Como sou muito alta não posso me esconder em uma caverna como o urso. Fico a noite toda ao relento coberta de neve. Eu tremo de frio, muito frio.
O guardião mandou que eles aguardassem e entrou para falar com Deus. Depois de uma meia hora ele voltou e foi dizendo: “Deus vai recebê-los e ver o que pode fazer. Vamos entrando sem algazarra.”
Eles entraram e diante do trono de Deus expuseram os seus problemas. Deus ouviu a todos pacientemente. Enquanto os bichos falavam o Todo Poderoso estudava uma maneira de resolver o problema. Quando Ele começou a falar, os bichos se calaram em sinal de respeito.
- Sei o quanto têm sofrido. Viver com uma só estação não é fácil e também não é justo. Frio em demasia prejudica os ossos de vocês. Então, a partir de hoje, eu instituo o seguinte: a cada três meses uma nova estação entrará em vigor a começar de agora. Que entrem as quatro estações.
E entrou uma bela mulher vestida de flores de todas as cores. Ela calçava um par sapatos na cor verde que o coelho identificou como feito do escasso capim que ele comia.
E Deus apresentou a bela mulher:
- Esta é a Primavera. A função dela é a de restaurar a natureza depois da ida do Inverno. Com ela virão as flores, as árvores ganharão folhas novas e frutos. Os animais e as aves se reproduzirão, o céu ficará muito azul e as noites claras com muitas estrelas. A temperatura será amena.
Depois entrou um rapaz brilhante, parecia feito de ouro, que foi apresentado por Deus.
- Este é o Verão. Ele virá quando a Primavera partir. Ele os cobrirá de sol e muito calor. Vocês terão dias e noites muito quentes.
Aí foi a vez do Outono, outro rapaz belo. E Deus continuou explicando.
- Este é o Outono. No Outono as folhas secam e caem, os últimos frutos são colhidos. Vocês guardarão alimentos para garantir as refeições no Inverno. As sementes que não forem juntadas ficarão na terra esperando a Primavera para brotar de novo.
- E, finalmente o Inverno que vocês conhecem tão bem. O inverno é caracterizado, principalmente, pelas baixas temperaturas. As árvores perdem as folhas e a comida se torna escassa. Por isso devem guardar para a estação fria. Várias espécies de animais, principalmente de pássaros, não agüentando o frio e a escassez de alimentos, migrarão para outras regiões mais quentes.
Quando Deus terminou de falar, os animais foram saindo em silêncio com a certeza de que tinham conseguido uma solução para os seus problemas. Pelo menos, a partir dessa reunião eles teriam três meses de cada estação, bem melhor do que ficar no inverno eternamente.
- Foi assim, meu neto, que Deus criou mais três estações para juntá-las a uma já existente.
30/09/10
(histórias que contava para o meu neto)

Na Educação Infantil

"Na educação infantil, não se propõe os mesmos objetivos em todas as linguagens:
em algumas, o objetivo será incentivar e otimizar aprendizagens já iniciadas; em outras, poder-se-á iniciar pela primeira vez ou de uma maneira diferente da que a criança já estava acostumada. É, portanto, imprescindível fazer um esforço na creche e na pré-escola para trabalhar tudo o que ajude a criança a dispor de ferramentas que lhe permitam começar a tornar-se um indivíduo da sociedade."
(Bassedas, Huguet e Sole, 1999, p. 75-76).

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