quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

TEMPOS DE AÇÃO


É relevante fazer uma análise sobre a realidade educacional deste país. Quem de nós já não ouviu calorosos discursos políticos afirmando que o foco dos investimentos será em  Educação. Quem de nós já não ouviu as máximas, de que só a Educação pode mudar este país, que várias potências em tempos de crise  , se reconstituíram pelo viés educacional.

São gestores e gestores , planos e planos, metas e metas. Agora inclusive a mídia tem sido aliada do atual Ministério, e nem considero isto ruim. Observo o contexto e percebo o turbilhão de mudanças e a necessidade premente de um repensar os caminhos. Há de se perceber que em muito menos de duas décadas o conceito de conhecimento foi profundamente alterado. Universitários com seus diplomas estavam prontos até a aposentadoria, alguns deles ainda estão em salas. Insisto em pensar que o número frenético de informações tem deixado nossos profissionais perplexos sem saber exatamente o que construir. Não seriam estes tempos de estarmos sim na era de aprender a aprender, de filtrar de perceber o que nos torna mais gente. Dominar as quatro operações matemáticas e produzir um bom texto já não tem mais o mesmo valor que tinha na época do antigo primário, e acabou que na busca da totalidade pode se estar perdendo o detalhe.

Que existem propostas de formação continuada, projetos, programas, vontade de transformar, é inquestionável dizer, que sim. Nem tudo está largado. Tem gente buscando, puxando, fazendo e não entendendo porque os resultados não estão sendo atingidos. Também sei que quando imaginamos ja ter feito tudo, ainda existe uns 30 a 40 % de possibilidades que não foram experimentadas.

Mas quem seria então, o grande vilão do processo, será que existe apenas um? O que está acontecendo. São no mínimo 25 % dos recursos públicos investidos por força de lei, onde tem fiscalização pelo menos, teoricamente uma fatia reservada para. 


Será a forma como os adolescentes e crianças, estes seres que muitos não compreendem, que vem vindo sem limites, sem muitos valores, pode até não ser via de regra,mas não estão valorizando o que os professores oferecem? Não, eu prefiro acreditar que é compromisso da geração adulta , encaminhar e interceder em favor destes meninos, seja ela sociedade, professores, família. (mas isso já é outro debate)
   
E ainda que seja apredejada em praça pública vou arriscar  dizer que vejo diante dos olhos as famílias por "n" motivos se desresponsabilizando de sua função, a escola, tentando fazer o que a família não  fez, deixando também a sua missão comprometida. E o PROFESSOR, na minha concepção principal ator do processo, também reclamando de toda a problemática e não encontrando eficientes subsídios e parcerias para fazer de fato a diferença.

Não sei bem, se adiantam  programas, projetos, recursos, acesso, se os profissionais da área, alguns pelo menos , por DEUS existem abençoadas exceções, já perderam o tesão, já cumprem horário e não função. A dita "vocação" que  quase caiu de moda, e tem pessoas se apropriando da mais nobre profissão do mundo, simplesmente como um bico. 


É o salário? Sim talvez, tem muitos profissionais que ganham pouco e bem pouco, mas com certeza alguns recebem demais pelo que fazem.

Não gostaria de atribuir  culpa, culpados, famílias, alunos, profissionais, sistema, agências formadoras, enfim,um pouco de cada e muito de todos, o fato é que  preciso simplesmente ser redundante e lembrar que todas as profissões que dependem de formação acadêmica perpassam por "Nós". E isso é seriíssimo!
E absolutamente sem desrespeitar excelentes práticas e profissionais maravilhosos, eu afirmo, está passado o tempo de unir forças, de encontrar resultados reais, de tornar o mundo melhor, através da construção de pessoas com maiores oportunidades,mais completas e mais felizes. Que saibam aprender, viver e conviver.
P.s Conforme  combinado, os textos começarão a tomar forma, por favor se animem, me encaminhem e eu postarei com muito prazer.

Um comentário:

  1. Catia,
    As veredas que nossa educação se enclina é de doer o coração.Tomo a liberdade de transcrever um trecho do seu escrito que fala exatamente o que penso e comento por todas as formações que passo, assessorias que trabalho, professores que encontro e que é a mais pura e triste das realidades. "Não sei bem, se adiantam programas, projetos, recursos, acesso, se os profissionais da área, alguns pelo menos , por DEUS existem abençoadas exceções, já perderam o tesão, já cumprem horário e não função. A dita "vocação" que quase caiu de moda, e tem pessoas se apropriando da mais nobre profissão do mundo, simplesmente como um bico.

    É o salário? Sim talvez, tem muitos profissionais que ganham pouco e bem pouco, mas com certeza alguns recebem demais pelo que fazem.

    Esse bico de que tbm declaro, esse bico que ecoa de minha garganta como estrondo de uma explosão, e que por isso tenho alguns desafetos...esse bico...esta se alastrando de maneira expressiva. E os poucos dedicados, as abençoadas exceções como vc disse, receio por vezes se amanha não se deixarão abalar. Torçamos para que não.Tenho dito.
    Continuemos nessa causa fazendo a diferença mas fazendo diferente e cumprindo a FUNÇÂO que escohemos um dia. " SER PROFESSOR". Bjux Nobre Professora.
    Janete

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Eu aguardo as sementes que você possa vir a lançar. Depois selecioná-las e plantar.

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